Padre Fábio de Melo é acusado de gordofobia e se desculpa na web

Padre Fábio de Melo
Padre Fábio de Melo teve uma atitude que não foi bem recebida pelos internautas (Foto: Instagram)

Padre Fábio de Melo é acusado de gordofobia e se desculpa na web

Padre Fábio de Melo se envolveu em uma polêmica após um vídeo divulgado na web, mas decidiu se retratar após ser acusado de gordofobia. Na imagem divulgada pelo religioso, ele ria de um homem obeso caindo sobre outro, o que chamou atenção de alguns ativistas. 

Entre eles o influencer Jorge Bentes, do perfil “Cansei de ser Gordo”, que chamou atenção do padre para sua atitude, o que ocasionou o pedido de desculpas. “Peço perdão às pessoas que se sentiram ofendidas com a minha postagem de ontem. Sim, obesidade é uma doença. O que pode ser engraçado para mim pode ser desconforto para alguém”, escreveu, na sexta-feira (14), nos stories do Instagram.

Melo continuou dizendo que “o princípio de compaixão – sentir com o outro – é um dos pilares do Cristianismo”. “E eu pretendo segui-lo. É assim que evoluímos: vestindo a pele do outro”, completou.

Desnecessário

Jorge Bentes recebeu a primeira postagem com indignação e pediu que o padre se retratasse. De acordo com ele, que ainda pediu para que a publicação fosse apagada, é preciso reconhecer que obesidade é uma doença — e não existe nada jocoso nisso. 

Achei desnecessário essa postagem de hoje e eu espero que você retrate, peça desculpa, tire do ar e eu vou explicar o porque que é desnecessário. Padre, com todo respeito do mundo, deixa eu lhe falar uma coisa: obesidade é uma doença pandêmica que mata milhares de pessoas em todo mundo”, explicou o influenciador. 

Rir da pessoa que sofre com essa doença não tem graça. Imagina alguém ir de alguém com diabetes, rir de alguém com câncer. É a mesma coisa. São doenças e eu luto há 10 anos contra essa doença todos os dias da minha vida.”

Sem chacotas

Bentes prosseguiu sua explicação e refletiu como isso afeta a vida de uma pessoa com tais problemas. “A gente está cansado de viver na margem da vida, do sistema público de saúde, que muitas vezes não respeita essas pessoas que precisam de tratamento e, quando vão buscar, descobrem já é tarde demais, elas morrem, padre. Eu espero que o senhor pratique o amor ao próximo.”