Novo clipe de Anitta pode ser banido das plataformas de streaming

Cantora Anitta em gravação do novo clipe (Imagem: Reprodução)

Na noite de quinta-feira (26), a cantora Anitta gerou polêmica após viralizar um vídeo nas redes sociais na gravação do seu novo clipe na comunidade da Tijuquinha, zona oeste do Rio de Janeiro.

No trecho, a artista aparece ajoelhada numa esquina da comunidade simulando uma cena de sexo oral em um ator contratado para o trabalho fictício.

As opiniões sobre o clipe foram diversas, os fãs da cantora elogiaram a sua jogada de marketing para atingir para views no novo clipe, já outros criticaram e repudiaram a atitude da cantora.

Segundo um jurista especialista em Direito Constitucional, Digital e Mestre em Direitos Humanos, Cesar Beck, o clipe de Anitta poderá ser banido no Youtube e das plataformas digitais:

“É importante destacar que as Plataformas Digitais possuem suas próprias regras: ‘Termos e Condições’ e ‘Política de Privacidade’ que são diferentes entre cada plataforma digital. Por exemplo: Algo que é postado na rede social Twitter, não necessariamente – sofre exatamente as mesmas repreensões, por um vídeo postado no Youtube, do Google, ou no Instagram, da empresa Meta”.

“Nos ‘Termos e Condições’ de cada uma das plataformas e redes digitais, há uma explicação de que forma elas podem ser utilizadas, quais os tipos de conteúdo, e quais os limites que você pode exercer sua liberdade de expressão. Todos esses documentos em que clicamos: “Eu aceito os Termos e Condições e Política de Privacidade” devem seguir em conformidade com a Legislação”.

“Nesse sentido, o videoclipe de Anitta em que em uma determinada cena, um episódio de sexo oral é simulado, deve-se também observar – no Brasil – o Estatuto da Criança e Adolescente (E.C.A.), a Constituição Federal de 1988, além dos próprios Termos e Condições daquela plataforma. Isso significa que caso o clipe seja postado em sua total integralidade – incluindo a cena da simulação do sexo oral – Anitta, a gravadora/distribuidora que a representa, e o videoclipe poderão sofrer sanções administrativas e judiciais”.

Youtube

Por intermédio de Inteligência Artificial, a própria plataforma impede que vídeos com teor sexual sejam vistos por menores de idade com contas cadastradas no Youtube. Para que o videoclipe possa ser publicado, a artista teria que custear muitos recursos financeiros e requerer acesso à advogados especializados em Direito do Entretenimento, entenda:

“Anitta não é uma pessoa amadora para as plataformas e redes sociais. Ela possui, além de enormes recursos financeiros, acesso à advogados especializados em Direito do Entretenimento e acredita-se que, por mais que ela tenha ‘causado’ uma ou outra polêmica no passado, ela sabe o que é um “conteúdo inapropriado para menores de idade. Para a alegria dos fãs da Anitta, de sua gravadora/distribuidora e da própria Anitta: Existe uma solução, já utilizada nos EUA por mais de quarenta anos, para que o videoclipe e Anitta não sofram nenhuma sanção é bem simples”.

Essa solução é dividir o clipe em duas versões. A primeira do “corte final” para que todos tenham acesso, sem a cena polêmica. E a segunda versão postada nas redes sociais e plataformas como Youtube, incluindo a cena polêmica e todas as outros trechos. Feito isso, outros usuários que estão logados no Youtube, apenas poderão assistir o vídeo completo caso sejam maiores de idade.