Mulher processa Record e Rodrigo Faro após ser confundida com travesti

A Record e Rodrigo Faro estão sendo processados na Justiça por uma mulher que trabalhou em alguns programas da emissora em 2019. Segundo as informações do UOL, a ex-funcionária, que teve sua identidade preservada, afirma ter passado por humilhações e agressões no período em que esteve na emissora.

Rodrigo Faro
Mulher acusa Rodrigo Faro e Record de agressão e humilhações após ser confundida com travesti. Foto: Reprodução/Rede Record.

Ainda segundo o UOL, a autora do processo participou do programa “Hora do Faro” e passou por constrangimento, após o apresentador, segundo a vítima, perguntar se ela era uma travesti. Ela conta ainda que sofreu constantes chacotas, chegando até a um episódio de agressão por parte de seguranças da emissora.

A mulher diz que depois da pergunta de Rodrigo Faro, as pessoas passaram a questionar seu gênero. Até que, um dia, ela foi barrada na portaria da Record e foi expulsa do local. Na ocasião, as pessoas teriam começado a gritar para ela levantar o vestido e “provar” qual era seu sexo biológico, mostrando sua genitália.

Ainda de acordo com o relato anônimo, a moça ficou “completamente atordoada, de modo que caiu no solo, sentindo-se agredida pelos seguranças do local. Depois disso, desmaiou e acordou no hospital, com várias lesões corporais”.

Ela explica que foi incentivada por um médico a denunciar o episódio, pois ele sabia de outros casos parecidos que ocorreram na emissora. Um laudo e o boletim de ocorrência foram anexados no processo.

A mulher termina o depoimento dizendo que foi “jogada na rua e quebraram seu celular”, sendo acompanhada por alguém ligado à Record ao hospital. Ela ficou internada e alegou ter sido orientada a voltar aos estúdios, “para que não houvesse nenhum tipo de escândalo para a emissora”.

Ainda segundo as informações do portal, a vítima voltou ao estúdio e novamente sofreu humilhações e chacotas, com piadas a respeito do seu gênero. Após todo o ocorrido, teve depressão profunda, raspou o cabelo, tentou suicídio e sofre com mutilações, fazendo uso de medicamentos contínuos. Na ação, ela pede o pagamento de danos morais de R$ 100 mil.