Morre Benjamin Zephaniah, ator de Peaky Blinders

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Benjamin Zephaniah morre aos 65 anos. (Reprodução/Instagram)

O poeta e ator Benjamin Zephaniah, reconhecido por sua participação na série “Peaky Blinders”, faleceu aos 65 anos nesta quinta-feira (7), após uma batalha de dois meses contra um tumor cerebral. A triste notícia foi oficialmente confirmada pela família do artista, que compartilhou um comunicado emocionado através das redes sociais nesta manhã. Na mensagem, destacaram a contribuição singular de Benjamin ao mundo: “Benjamin foi um verdadeiro pioneiro e inovador, deixando um legado significativo“.

Confira o post da família

É com grande tristeza e pesar que anunciamos a morte de nosso amado marido, filho e irmão, nas primeiras horas desta manhã. Benjamin foi diagnosticado com um tumor cerebral há oito semanas. A esposa de Benjamin esteve ao seu lado o tempo todo e estava com ele quando ele faleceu“.

A trajetória de Benjamin Zephaniah

Nascido e criado na Inglaterra, Zephaniah escreveu seu primeiro livro aos 22 anos, uma obra de poesias. Com interesse pela política e as contradições sociais que identificava no mundo, o ator chegou a escrever mais 13 obras, sempre denunciando o racismo e a desigualdade. 

Ao mesmo tempo, Benjamin começou a acumular trabalhos também como ator. Seu papel na aclamada série Peaky Blinders, como Jeremiah Jesus, um fervoroso pregador religioso, foi inspirado por uma história verídica. O ator marca presença em 13 episódios do seriado americano que se tornou em um dos mais assistidos da plataforma de streaming Netflix.

O trabalho de Zephaniah, porém, não se resume apenas a ”Peaky Blinders”. Outras participações do ator podem ser encontradas em trabalhos como o reality ”Life & Rhymes”, o longa ”Mad Dogs” e o filme francês ”Farendj”.

Em um episódio marcante de sua vida, em 2003, o poeta tomou uma decisão pública notável ao recusar a Medalha da Ordem do Império Britânico, uma honraria oferecida pela então rainha Elizabeth 2ª (1926-2022). Em um artigo corajoso publicado no jornal The Guardian, ele fundamentou sua recusa, denunciando a herança colonialista associada à honraria. Seu texto ecoou críticas ao passado colonial britânico e também se posicionou veementemente contra a guerra no Iraque.

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