Mais do que Rainha do Rock, Tina Turner foi símbolo de resistência e liberdade

Tina Turner
Com uma carreira gloriosa e trajetória de resistência Tina Turner está no panteão das grandes divas da música. (Foto: reprodução/redes sociais).

Mais do que Rainha do Rock, Tina Turner foi símbolo de resistência e liberdade

Tina Turner está no panteão das grandes divas da música não apenas por seu talento inegável e a sua voz inconfundível, mas também por sua trajetória marcada por muita resistência e luta por liberdade e pela vida. A cantora que morreu nesta quarta-feira (24), deixa um legado de inspiração que se perpetuará nas próximas gerações.

Início da Carreira

A estadunidense nasceu com o nome de Anna Mae Bullock nasceu em uma família pobre dos Estados Unidos. Aos 15 anos, foi abandonada pelos pais e começou a  cantar em boates para se sustentar. Foi nesse período que ela conheceu Ike Turner com a banda The Kings of Rhythm.

A jovem pediu para ser backing vocal da banda e em pouco tempo se tornou uma das vozes principais. Ike e Anna Mae decidiram formar uma dupla e, após se casarem, ela adotou o nome artístico Tina Turner. A partir daí a dupla explodiu no cenário musical e se tornou um dos principais nomes da soul music nas décadas de 1960 e 1970.

Por trás de todo o sucesso, Tina vivia um drama no casamento e foi vítima de um relacionamento abusivo marcado pela violência doméstica. A dupla acabou perdendo espaço no cenário pop da época e Ike, que era Alcóolatra e dependente químico, culpava Tina pelo declínio, a agredindo, humilhando e tendo relações extraconjugais constantemente.

Liberdade

Após 18 anos, em julho de 1976, Tina Turner fugiu com apenas alguns trocados na bolsa e passou meses se escondendo com amigos enquanto entrava com o pedido de divórcio contra Ike. Com o final de processo, a cantora saia apenas com a posse do nome artístico e a partir daí começou uma longa jornada para reerguer sua carreira.

O ponto de virada veio em 1983 com o lançamento dos primeiros singles do que viria a ser o álbum “Private Dancer” (1984). Aos 43 anos, Tina Turner dava a volta por cima e iniciava a caminhada para o auge da sua carreira, se consagrando a rainha do rock se tornando um dos grandes ícones pop da década de 1980.

Mais luminosa do que nunca, a artista emplacou hits como ” Let’s Stay Together”, What’s Love Got to Do With It”, “Help” a faixa título e mais Tina Turner dominou as paradas do mundo todo e arrebatou multidões com seus shows. No Brasil, ela bateu recorde de público em uma apresentação histórica no maracanã em 1988.

Nas décadas seguintes, Tina Turner se confirmou como uma das maiores referências femininas da música pop de todos os tempos. Sua liberdade no palco, domínio da própria sensualidade, magnetismo, carisma, além da voz potente que tornava cada interpretação definitiva, foram base para os maiores nomes do pop atualmente e ecoarão além do tempo.