Luiza Brunet faz 60 anos e lembra assédio no auge da carreira

A eterna musa das passarelas, Luiza Brunet está completando 60 anos nesta terça-feira (24). Em entrevista ao jornal O Globo, ela relembrou momentos marcantes da vida e carreira. Luiza contou que, na época em que foi  madrinha da Seleção Brasileira, nos anos 1980, foi assediada por jogadores e empresários.

“No meu auge como modelo, você não tem noção da quantidade de assédio. Eu aparecia pelada na Playboy, viajava à beça, era madrinha da Seleção Brasileira, um ambiente só com homens… Dá para imaginar. Recebia investidas de jogador de futebol, empresários, mas eu não me corrompi. Não estava procurando dinheiro.”, conta.

Luiza Brunet em ensaio para a revista Ela, do jornal O Globo (Foto: Reprodução/Instagram)
Luiza Brunet em ensaio para a revista Ela, do jornal O Globo (Foto: Reprodução/Instagram)

Durante a entrevista, Luiza ainda falou sobre o trabalho como ativista contra violência doméstica e feminicídio, que se intensificou após ela expor a agressão brutal que sofreu em 2016, pelo ex-companheiro, o empresário Lírio Parisotto. “Desde o momento da denúncia, em 2016, não parei de trabalhar com isso, seja no Brasil ou no exterior.”, afirma.

A ex-modelo ainda explicou que houveram muitos sinais e violências psicológicas, antes da agressão física.

“Tiveram violências emocionais, psicológicas e patrimonial. Lírio chegou a falar que se a gente terminasse ninguém ficaria comigo porque ele era fulano de tal e estava me largando. Cheguei a me perguntar se isso era verdade. Fiquei com a autoestima baixa, muito doente. Era uma relação muito desgastante, uma loucura.”, revela.

Todo o estresse emocional chegou a deixar Luísa fisicamente doente: “Fiz histerectomia total em 2014. Apesar de benigno, o tumor era muito agressivo. Isso acontece porque quando guardamos rancor e outros sentimentos ruins. Seu corpo indica de uma certa forma. Hoje, sozinha, estou saudável por dentro e por fora.”, conta.

Luiza Brunet relembrou também a infância livre de pudores que teve e o abuso que sofreu aos 12 anos.

“Desde menina, tenho corpo livre. Nasci no interior do Mato Grosso do Sul, minha avó era indígena e meu DNA feminino tem muito a ver com a questão da natureza, da liberdade. Ficava de calcinha o dia inteiro até os 8 anos. Era uma criança realmente livre, talvez tenha sido essa a deixa para a pessoa que me abusou aos 12 anos, quando trabalhava de empregada doméstica no subúrbio do Rio.”, lembra.

Confira a capa da revista Ela, do jornal O Globo: