Ludmilla acusa irmão de Bruno Gagliasso de racismo

 

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Ludmilla acusa irmão de Bruno Gagliasso de racismo. (Foto: Reprodução/Internet)

Nesta quinta-feira (23), a cantora Ludmilla provocou uma forte reação pública após compartilhar detalhes de um episódio racista que vivenciou, envolvendo um deputado estadual. Embora ela não tenha mencionado o nome do deputado, rumores indicam que seria Thiago Gagliasso, irmão do ator Bruno Gagliasso e figura conhecida por suas posições alinhadas ao bolsonarismo.

A controvérsia começou quando Thiago Gagliasso se opôs à decisão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) de conceder a Ludmilla a medalha Tiradentes, a mais alta condecoração do estado. Esta oposição foi vista por muitos como um ato discriminatório, especialmente considerando o trabalho beneficente de Ludmilla.

Irmão de Bruno Gagliasso foi racista?

Em um vídeo postado nos Stories do Instagram, Ludmilla forneceu contexto para a decisão do deputado, afirmando claramente: “Ele votou [contra] a medalha não foi por causa de música nenhuma, não. É porque ele é racista mesmo”. Ela continuou, revelando um incidente específico que aconteceu em uma festa, onde o deputado fez um comentário racista diretamente para ela, referindo-se a ela pejorativamente.

“A gente olhou para cara dele, a gente começou a discutir com ele e aí já veio um monte de gente falando: ‘Não, gente, calma, é que ele é assim mesmo, ele às vezes passa dos limites'”, Ludmilla relatou, expressando sua indignação com a situação. Ela ressaltou que, diante de tal ofensa, não havia espaço para calma ou tolerância.

Ludmilla também compartilhou o isolamento que sentiu no evento, destacando que estava sem a companhia de amigos ou familiares. “Eu fiquei muito mal e esse foi um dos piores racismos que eu já sofri na minha vida. Quem é mulher preta sabe do que eu estou falando”, disse ela, dando voz à experiência dolorosa de muitas mulheres negras.

Ludmila diz receber ataques racistas online

Ademais, a cantora detalhou os ataques que recebe de perfis racistas disfarçados de fãs. Esses perfis, segundo ela, não representam o verdadeiro público que aprecia música. Ela enfatizou a gravidade dessa situação, informando que sua equipe jurídica já está trabalhando para identificar os responsáveis por esses ataques. Da mesma forma, a plataforma em questão já foi notificada e começou a excluir os posts denunciados.

Ludmilla, com determinação, declarou que o Dia da Consciência Negra não é um momento de celebração, dada a luta contínua contra a discriminação racial. Ela expressou cansaço com a necessidade de responder a ataques racistas, afirmando que os responsáveis por essas ações devem ser confrontados. Apesar de se sentir exausta, ela reafirmou seu compromisso de não recuar e continuar brilhando, independentemente das adversidades.

A cantora finalizou seu discurso com uma poderosa mensagem: “Não há o que celebrar no dia 20 de novembro”. Sua postura resoluta e palavras inspiradoras reforçam a importância do combate ao racismo e a necessidade de mudanças significativas na sociedade.