Jorge Sampaoli, técnico do Flamengo, finalmente rompeu o silêncio, na tarde deste domingo (30), e falou pela primeira vez sobre a agressão sofrida pelo jogador Pedro Guilherme nos bastidores da vitória do Flamengo em cima do Atlético Mineiro.
O craque foi agredido pelo preparador físico, Pablo Fernandez, com um soco na boca.
Posteriormente, em seu pronunciamento feito nas redes sociais, o treinador rubro-negro declarou que não compactua com qualquer tipo de violência.
“Não acredito na violência como solução. Isso não nos leva a lugar nenhum. Nem na vida, nem no futebol.
Ao longo da minha carreira, vi tantas lutas e elas sempre me deixaram com uma sensação de vazio. O que aconteceu ontem me deixou muito triste.
Ofuscamos uma vitória impressionante com uma disputa interna cujas razões existem, mas neste momento não importam”, começou o técnico em seu desabafo.
Reflexão sobre violência
Sampaoli prosseguiu, refletindo sobre a violência, algo que, apesar de ser bastante combatido, ainda insiste em se fazer presente.
“A história me mostrou que a única solução é a conversa. Mesmo quando errei ou vi o erro dos outros. Eu tenho fé na palavra.
Que é uma forma de ter fé no ser humano. Porque a violência nos separa e a conversa nos une”, disse o técnico do Flamengo.
Ele ainda observou que a transformação contra a violência é gradual: “Assim como muitas coisas no mundo mudaram para pior, algumas mudaram para melhor.
A violência é menos aceita a cada dia como forma de resolver as coisas. É uma transformação que levará tempo. Não será de um dia para o outro.
Todos nós temos o direito de cometer erros. Porque temos a possibilidade de nos transformarmos. Para ser melhor”.
Técnico do Flamengo lamenta episódio
Jorge Sampaoli lamentou o ocorrido e demonstrou seu sentimento diante do episódio envolvendo um membro de sua equipe técnica e uma das estrelas do time.
“Eu sou o condutor desta equipe. Me dói muito quando dois colegas de trabalho brigam. Mais do que a violência.
Os treinadores não se dedicam apenas à tática e à preparação dos futebolistas. Acima de tudo, trabalhamos para gerir grupos. Tentamos melhorar e cuidar das pessoas”.
Ele ainda citou preocupação com os envolvidos: “Não tenho dormido pensando em como ajudar Pedro e Pablo. Sei que vocês dois tiveram uma noite horrível.
E que, aconteça o que acontecer, temos a obrigação de nos cuidar. Para nos mudar. Para unir. Para ser melhor. E colocar o Flamengo no topo”, finaliza o treinador do Flamengo.
Formação em Comunicação Social – Especializações em Redação – Copywriting – Pós graduação: Artes em Jornalismo pela Columbia Journalism School – Universidade Columbia.