Jogador Wallace poderá sofrer punições pelo Conselho de Ética Olímpico

Jogador de vôlei Wallace de Souza (Imagem/Reprodução)

O ex-jogador de vôlei da seleção brasileira Wallace de Souza (35), vem gerando polêmica nas redes sociais, após ter incitado publicamente o assassinato do atual Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (Lula), do Partido dos Trabalhadores (PT).

No dia 30 de janeiro, o apoiador declarado de Jair Bolsonaro, postou uma foto com uma arma de fogo, e abriu uma caixinha de perguntas no seu Instagram, na qual continha o seguinte questionamento: “Daria um tiro na cara de lula com essa 12?”.

Em resposta ao questionamento do seguidor, o atleta abriu uma enquete perguntando aos seus seguidores se eles dariam um tiro na cara do Presidente ou não, acompanhado de um emoji de anjo com a pergunta: “Alguém faria isso?”.

A votação terminou com 64% dos apoiadores dizendo que “sim” e outros 36% afirmando “não”. Após a repercussão negativa, o jogador apagou a publicação. Minutos depois, internautas pediram que a Ministra do Esporte e a Confederação Brasileira de Vôlei punissem imediatamente o bolsonarista. A CBV se posicionou em nota: 

“A CBV repudia qualquer tipo de violência ou incitação a atos violentos, e entende que o esporte é uma ferramenta para propagação de valores como o respeito, a tolerância e a igualdade”

Após sofrer grandes retaliações, o atleta se retificou em suas redes sociais dizendo:

“Quem me conhece sabe muito bem que eu jamais incitaria violência em hipótese alguma, contra qualquer pessoa, principalmente nosso presidente. Então, venho pedir desculpas, foi um post infeliz, errei. Quando você erra, não tem jeito, tem que assumir o erro e se desculpar. Jamais tive a intenção de incitar violência, ódio, não é da minha pessoa, foi isso que o esporte me ensinou e não é isso que eu quero passar pra ninguém”.

Nessa terça-feira (31), o Ministro-Chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, havia requerido que a Advocacia Geral da União (AGU), investigasse o caso do jogador pela enquete que ele fez em um tom de ameaça.

A esse respeito, a Ministra dos Esportes, Ana Moser, também já tinha se manifestado sobre as possíveis sanções que Wallace deveria sofrer: “Antes de atleta, o jogador Wallace é um cidadão brasileiro e deve responder às nossas leis e instituições”. 

O desejo dos Ministros está em consonância com a AGU, dirigida por Jorge Messias, pois A advocacia Geral da União encaminhou representações contra o atleta ao Conselho de Ética do Comitê Olímpico (COB) e à Confederação Brasileira de Voleibol (CBV).

A advocacia requereu aos Conselhos que instaurassem um processo disciplinar contra Wallace, com a aplicação das penalidades máximas previstas nos códigos dos conselhos (COB e CBV), que são: multa no valor de R$ 100 mil e o banimento do esporte olímpico.