Gilberto Gil fala sobre a luta da filha, Preta Gil, contra o câncer: “uma aflição”
Gilberto Gil concedeu uma entrevista à revista Veja, na qual falou sobre o acompanhamento da luta da filha Preta Gil, que foi diagnosticada com câncer no intestino. A cantora passa por diversos tratamentos como quimioterapia, radioterapia, além de um extenso corpo de profissionais da saúde que a acompanham diariamente.
“É uma aflição ver uma menina, uma filha que nem tem 50 anos, sofrendo de uma doença apavorante. Falo com a Preta o tempo todo, com os médicos, e leio a respeito. Ela vive cercada pela família e estamos reunindo forças e propósitos para lhe dar o melhor tratamento, renovar sua disposição e sua positividade espiritual.”, contou o cantor.
“Juntamente a isso, temos de lidar com a ameaça da morte. Tenho dito palavras de resignação em relação àquilo que é inevitável, ao mesmo tempo que buscamos condições para a cura.”, completou Gilberto Gil sobre os desafios de acompanhar o enfrentamento da doença ao lado da filha.
Shows em Família
Ainda durante a conversa, o baiano falou sobre a rotina frenética de shows e como o peso da idade (80 anos) interfere na sua disposição: “A mobilidade e o fluxo energético são diferentes dos 20, 40 anos. Cantar ao lado da família ajuda, ela traz uma leveza. Já tinha experimentado trabalhar com um filho, depois outro, aí vieram os netos.”
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“Um dia, Preta, que não vai poder estar conosco agora, soltou a ideia: ‘Vamos embora, pai, vamos juntar todo mundo numa turnê’. Aquilo ecoou fundo. Além da dimensão afetiva, eles se unem naquilo que é extraordinariamente prazeroso para mim, o significado da minha vida, que é ser músico.”, contou ele sobre o surgimento da ideia da turnê em família.
Avaliação do governo Lula
Gilberto Gil ainda fez uma avaliação sobre como tem visto os primeiros meses do governo Lula: “Nesses primeiros meses, o vejo lutando com as dificuldades de um governo que não tem o benefício da continuidade, não podia dar prosseguimento a nada daquilo, e ainda enfrenta essa polaridade, para usar a palavra da moda, que tem aspectos nefastos.”
“Como se resolve essa fratura? É um trabalho imenso. As ofensas vindas de bolsonaristas que sofri na Copa do Catar são reflexo desse divisionismo. Enquanto ficarmos nessa história de inimigos, o país perde.”, completou o artista refletindo sobre a transição tumultuada do governo Bolsonaro para o atual.
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Possui passagem por assessoria de comunicação e produção de críticas musicais desde 2020 em redes sociais. Apaixonado pelo universo e cultura pop, pesquisa e produz conteúdo para o nicho desde 2019.