No dia 19 de Janeiro de 1982, há 40 anos, morria Elis Regina, considerada por muitos a maior cantora brasileira de todos os tempos.
Aos 36 anos, a artista estava no auge da carreira e prestes a entrar em estúdio para gravar um novo álbum com produção de Lincoln Olivetti, considerado ‘o mago do pop’, e o primeiro na gravadora Som Livre.
Para marcar a data, estão sendo planejados lançamentos de documentários, discos remasterizados, um musical e até história em quadrinhos. Também foi lançada recentemente a coletânea “Essa Saudade”, que reúne gravações raras de interpretações da artista gaúcha.
“Bolero de Satã”, dueto com Cauby Peixoto, uma nova versão de “Alô, Alô Marciano” e a raridade “Pequeno Exilado”, com Elis cantando ao lado de Raul Ellwanger, são alguns dos destaques do lançamento. A produção é dos jornalistas Danilo Casaletti e Renato Vieira.
O primeiro grande sucesso de Elis Regina foi “Arrastão”, música de Vinicius de Moraes e Edu Lobo, vencedora do festival 1º Festival da Música Popular Brasileira da TV Excelsior, em 1965.
A partir daí a cantora traçou uma trajetória artística singular, se tornando rapidamente a maior cantora do Brasil e arrebatando o público de seus shows dentro e fora do país.
Milton Nascimento, Gilberto Gil, Ivan Lins, Fagner, Belchior, Renato Teixeira, João Bosco e Aldir Blanc foram alguns dos compositores que tiveram seus nomes projetados nacionalmente através das interpretações de Elis.
Com sua voz, ela imortalizou clássicos como “Madalena”, “Atrás da Porta”, “O Bêbado e o Equilibrista” e muitos outros.
Entre 1976 e 1977, Elis apresentou, em São Paulo, o show ‘Falso Brilhante’, espetáculo divisor de águas na música brasileira. Com uma grande produção e uma mistura com o teatro, Elis, ao lado do seu então marido, César Camargo Mariano, trouxe uma apresentação ousada com várias inovações para época.
Foi nesse show que a pimentinha, eternizou a sua interpretação de “Como Nossos Pais”, clássico de Belchior, aclamada até hoje e referencia para muitas artistas do cenário atual.
“As outras que me perdoem, mas ela ainda é a melhor cantora do Brasil”, disse a cantora Maria Rita, filha de Elis, em reportagem exibida no Fantástico, deste domingo (09).
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Possui passagem por assessoria de comunicação e produção de críticas musicais desde 2020 em redes sociais. Apaixonado pelo universo e cultura pop, pesquisa e produz conteúdo para o nicho desde 2019.