Do não no “Ídolos” ao “Rock In Rio”; conheça trajetória de Caio Prado

Caio Prado, cantor que foi destaque ao cantar com Alcione no especial ‘Falas Negras’, da TV Globo, é uma das atrações do show em homenagem a Elza Soares: ‘POWER! ELZA VIVE’,  que ocorrerá no Palco Sunset do Rock in Rio deste ano. O artista de 30 anos, no entanto, já recebeu um não marcante, durante sua passagem pelo programa ‘Idolos’.

Rock in Rio
Caio Prado: do ‘não’ no ídolos ao Palco Sunset do Rock in Rio. Foto: divulgação/Marcos Hermes.

Nascido em Realengo, bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, Caio passou pelo extinto reality da Record TV em 2009, e chegou a ter a apresentação do seu grupo chamada de lixo, por Marco Camargo. “Foi a pior apresentação que eu vi em todos os Ídolos. A pior! Um lixo!”, disse o jurado, durante a faze das apresentações em quarteto no teatro.

No ano seguinte, o carioca tentou uma nova participação na versão brasileira do ‘American Idol’. O candidato no entanto, não conseguiu passar da primeira audição, recebendo ‘não’ de Calainho, Marco Camargo, Paula Lima e o convidado Marcelo D2.

Leia também: Rock in Rio 2022 deve ser marcado por atos contra Bolsonaro antes das Eleições 2022

Em 2020 Caio Prado relembrou suas passagens pelo programa em um post feito em seu perfil no Instagram.

“Em 2010, com 19 anos, virgem dos sonhos, eu era humilhado em rede nacional na frente de jurados de um programa musical de calouros. Fui convidado a participar novamente depois de ter sido chamado de lixo, em 2009, por uma apresentação desastrosa em grupo, que sob a pressão de um reality show foi obrigado a cantar em conjunto e aprender uma canção, ensaiando pela madrugada, depois de um dia inteiro de gravações.

Na manhã do desastre tomava remédio paliativo, atento ao olhar das câmeras sensacionalistas, para que minha voz se recuperasse do dia anterior. O resultado não poderia ser diferente: um verdadeiro erro em grupo, onde um efeito dominó foi se tomando no palco e cada um caía em derrota. Fomos tratados como lixo, mesmo estando confinados na seleção dos ’80 melhores cantores do Brasil’ e de ter arrancado elogios na fase anterior. Fiquei paralisado por alguns instantes, com muito medo e pânico, e tive que ser novamente medicado.

No segundo ano parecia que tudo ia ser diferente, a produção do programa me ligou perguntando se eu queria participar novamente do reality e que agora me daria privilégios: eu não precisaria passar pelas filas com alguns milhares de pessoas debaixo de sol e chuva atrás do sonho musical; iria diretamente à fase dos jurados que aparecem na televisão. O efeito ilusão me tomou, mesmo já tendo vislumbrado no ano anterior que aquele lugar não era pra mim e ter vivido um ano inteiro a superar o trauma, aquela ligação me deu esperança de que aquele programa via o meu talento. Pensei: “Eles vão me dar uma nova chance porque acreditam em mim”.

E lá fui eu: hotel na Barra da Tijuca, junto a dezenas de cantores esperando o julgamento frente as câmeras. Tinha preparado um pot-pourri de Asa Branca com Ai que saudade dôce, canções de pura alma; acreditava que era maduro o suficiente, com 19 anos, para superar aquele trauma novamente em frente aos meus algozes.