Deputado Nikolas Ferreira choca ao falar sobre transgênero
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) chamou o Brasil de “democracia trans”, que “se sente democracia, mas é ditadura”. A fala foi proferida em uma publicação no Twitter nesta última quarta-feira (17). Acredita-se que a declaração do congressista tenha sido dita no contexto da cassação do também deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), em um episódio que voltou a acender o debate sobre o ativismo judicial no país. Sempre polêmico, o deputado bolsonarista usou o Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, para fazer o seu comentário
Nikolas já fez outras afirmações sobre trangêneros
Em abril de 2023, ele foi condenado a pagar uma indenização de R$ 80.000, além das custas processuais, à deputada Duda Salabert (PDT). No mesmo mês, o governo federal pediu a cassação e investigação de Nikolas pelo suposto crime de transfobia. A solicitação foi realizada por meio de nota técnica do MDH (Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania).
Nikolas Ferreira ganhou notoriedade nos últimos meses por falas LGBTfóbicas, sendo inclusive condenado pela 33ª Vara Civil da Comarca de Belo Horizonte pelo processo retromencionado. A ofensa em questão ocorreu em 2020 quando Nikolas insistiu em tratar Duda com o pronome masculino: “Eu ainda irei chamá-la de ‘ele’. Ele é homem”.
O pedido era referente ao discurso do congressista no Dia da Mulher, em 8 de março deste ano, em que ele usou uma peruca para ironizar mulheres trans na tribuna da Câmara dos Deputados. Ainda em abril, o MP-MG (Ministério Público de Minas Gerais) também o denunciou por transfobia por um vídeo de uma jovem trans que usou o banheiro feminino do Colégio Santa Maria, em Belo Horizonte (MG).
Outros antecedentes transfóbicos
Em março deste ano, durante audiência na Câmara no Dia Internacional da Mulher (8), Nikolas colocou uma peruca loira e, em tom irônico, afirmou que se “sentia mulher” com o adereço e se autointitulou de “deputada Nikole”. Na ocasião, também afirmou que “as mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres”. Devido à fala, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania recomendou o início do julgamento pela cassação e retomada das análises dos processos contra o deputado.
Formada em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Advogada, apaixonada pelo universo do entretenimento, astrologia, área informativa política e internacional. Se dedica a esse nicho como redatora e repórter, produzindo conteúdos desde 2021.
