Conheça Lola Lopes: cantora se inspira em Anitta para nome de álbum

Lola Lopes
Lola Lopes lança seu primeiro álbum ‘Girl From BH’ (Foto: Divulgação)

Conheça Lola Lopes: cantora se inspira em Anitta para nome de álbum

Lola Lopes é natural de Belo Horizonte e iniciou sua carreira artística em produção de multimídia. A graduação serviu para a cantora escrever roteiros de seus videoclipes, além de entender melhor gerenciamento de equipes, fazer suas próprias artes gráficas, assim como grande parte dos artistas independentes.

Depois que se formou, Lola começou a fazer aulas de dança, em especial zumba e k-pop, também aulas de música na escola CICALT (Centro Interescolar de Cultura Arte Linguagens e Tecnologias), onde ela teve aulas de canto, violão, pandeiro, dança, atuação focadas em televisão e cinema.

Antes de começar a cantar, Lola Lopes estudou moda entre os 18 e 19 anos, se formou como aprendiz e fez seu figurino do seu primeiro videoclipe. Também fez alguns trabalhos como modelo. Ainda aos 18 anos, ela lançou o livro “Adolescência Desconhecida”, que conta a história de quatro jovens ricas lidando com insanidade, princípios, fetiches e abismos, também aborda temas como bullying, abandono infantil, androginia e distúrbios alimentares.

Em 2023, Lola lançou seu primeiro álbum “Girl From BH (Portuguese Edition)” e conversou com Mix Me sobre suas vivências como artista independente, inspirações artísticas e próximos passos na carreira. A cantora também relevou que em breve deve lançar a versão inglês do projeto.

Entrevista com Lola Lopes

Como foi gravar o vídeo para a música My Remix? Tem planos para gravar outros vídeos para outras faixas?

O “My Remix” foi um dos clipes mais difíceis de gravar, porque era externo, e foi minha primeira vez gravando um clipe externo. Tem muita gente passando, as pessoas mexem, e a gente tem que ter jogo de cintura para dar atenção. Também tem a questão da iluminação, que é realmente difícil. Quando o clipe é noturno e urbano, do lado de fora, é difícil, mas eu estou muito feliz com o resultado. “Conversa” também já saiu, e temos planos pra outro vídeos.

Como foi o processo de gravar o “Girl From BH”?

O processo de gravar o álbum foi intenso. É um álbum com muitos vídeos, muito visual. A gente gravou num verão que estava chovendo muito. Até mesmo para fazer os ensaios de dança do show, foi realmente difícil e as cenas externas tiveram que ser cortadas pela metade, tivemos que reduzir. No fim das contas, deu tudo certo. Também foi muito gostoso gravar no estúdio incrível que a gente tem aqui em BH, até o Milton Nascimento gravou lá, foi uma experiência divina.

O nome é uma referência a “Girl From Rio” de Anitta?

O nome do álbum, é sim uma referência para o “Girl From Girl” da Anitta. Acho que todos os fãs, quando descobriram que não ia mais sair o “Girl From Rio”, como o álbum, e virou o “Versions of Me”, foi um choque.

Todo mundo ficava brincando, quando eu falei que ia cantar em português pela primeira vez, dizendo “ah vai lançar o ‘Girl From BH'”. Aí eu falei: “Então vamos deixar esse nome, já que todo mundo está brincando, vou entrar na brincadeira”. E virou um álbum.  No começo, era pra ser só duas faixas, que era “Little Square” e “Quadradinho”.

Quais foram suas inspirações para o primeiro álbum?

Minhas principais inspirações foram a Anitta e para um toque mais “americanizado”, do pop em inglês, eu pensei na Ariana Grande.  Tentamos usar um pouco de influência do The Weekend. Minhas inspirações, no geral, são Britney Spears, rock and roll, Belinda, Nelly Furtado. Meu Deus, muitas pessoas. Eu gosto muito de pop, rock. O hip hop, como subgênero, é uma coisa que me influencia muito, é lindo.

Então, é mistura. Gosto muito de reggaeton também, como a TINI. Muito do pop, que a gente conhece como inspiração de diva pop, como a Rosalía, que é atual. Eu fui no show da “Motomami” e me inspirou muito, eu estava no processo do álbum. e pensei “Eu espero que as pessoas gostem tanto do álbum, quanto eu estou gostando do ‘Motomami'”. Foi muito incrível a experiência.

Você tem alguma música favorita dentro do projeto?

Essa é uma pergunta que a gente sempre teme. Eu não sei qual é a minha música favorita, amo “Te Quero”, é uma música que eu acho que eu vou ouvir muito. Daqui dez anos, eu vou ouvir e pensar. “Cara, eu realmente gosto dessa música”.

“Little Square” é surreal, “Chama Pra Dormir” é uma das minhas favoritas e “Conversa” por um bom tempo significou todo o projeto. Eu não achei que as pessoas iriam gostar tanto de “Conversa”, quanto eu… Tem muito significado pra mim, mas é uma das tracks favoritas do álbum para o público, e isso é incrível!

Por mais que o álbum tenha muita vibe dark, mesmo assim, as pessoas gostaram muito de “Conversa”. Então, eu acho que eles entenderam o que eu queria passar com a música, que resume uma das minhas inspirações para o álbum. E “Overdrive – Intro”, que é a coisa mais linda eu amo todos

Tem sonhos de fazer parcerias com outros artistas? Se sim, quais?

Ah, com certeza. Eu quero fazer feats um dia, que sejam icônicos. No momento, ainda tenho apenas músicas solo, mas fazer um feat. com a Anitta um dia, seria incrível. Eu penso muito em parcerias de composição, como eu sou compositora, eu gostaria muito compor com Bill Kaulitz do Tokio Hotel. São tantas pessoas incríveis… não sei produzir com Timbaland, um dia… esse tipo de coisa, sabe?

Como é ser artista independente no Brasil, principalmente em Belo Horizonte?

É realmente difícil. Eu me sinto bem tímida para divulgar o meu trabalho, no boca a boca, no pedir para as pessoas. “Ah, você pode escutar minha música?”. Eu estou tentando me desenvolver um pouco mais, perder um pouco dessa vergonha. Estou recebendo apoio e feedback positivo das pessoas, então, eu só tento viver um dia de cada vez.