Caso Joaquim: Padrasto pega 40 anos por homicídio do menino; mãe não é condenada

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Caso Joaquim: Padrasto pega 40 anos por homicídio do menino; mãe não é condenada. (Foto: reprodução/internet)

Após uma década do trágico evento, Guilherme Raymo Longo, profissional da área de TI, foi sentenciado a 40 anos de cárcere pelo assassinato de Joaquim Ponte Marques, um infante de apenas 3 anos.

Conhecido amplamente como “Caso Joaquim”, o triste episódio veio à tona quando o pequeno Joaquim foi descoberto já sem vida nas águas do Rio Pardo, localizado em Barretos, São Paulo.

Este lamentável encontro ocorreu cinco dias após o registro de seu desaparecimento em Ribeirão Preto, em 2013. Por sua vez, Natália Ponte, mãe da vítima e profissional de psicologia, não foi condenada.

Detalhes da condenação e antecedentes

O veredicto foi proferido no sábado, dia 21. Foi comprovado que Longo intencionalmente deu ao pequeno, que lidava com diabetes, uma dose fatal de insulina e, após o ato, lançou o corpo do menino em um córrego próximo ao lar familiar.

De acordo com informações divulgadas pelo Ministério Público, Longo utilizou a quantia de 166 unidades de insulina para ceifar a vida do infante.

As acusações que levaram à condenação de Longo englobam homicídio qualificado, tendo como agravantes a falta de motivo aparente, o emprego de métodos que impediram a defesa do jovem e a crueldade do ato.

Vale ressaltar que Longo já estava sob custódia desde 2018, após ser capturado pela Interpol na Espanha. Sua detenção foi subsequente a uma reportagem veiculada no programa “Fantástico” da emissora Globo.

Absolvição da mãe e detalhes do julgamento

Contrastando com a situação de Longo, Natália Ponte foi inocentada de todas as imputações. Desde 2014, ela respondia ao processo em liberdade, enfrentando acusações de omissão, já que permitiu a aproximação de Joaquim a Guilherme, ciente de seu histórico conturbado, que incluía uso de entorpecentes e comportamentos agressivos.

A conclusão do caso, que abalou a nação, ocorreu dez anos após o ocorrido. O período de julgamento estendeu-se por seis dias, cinco deles voltados exclusivamente para depoimentos, totalizando mais de 30 horas de esclarecimentos no Fórum de Ribeirão Preto.

A necessidade de manter o sigilo do julgamento, sem a presença de jornalistas ou público, foi reiterada pelo STF.

Debates e testemunhas chave

No último dia, os argumentos entre defesa e promotoria perduraram por mais de 12 horas, contemplando apresentações, réplicas e contrarréplicas. Ao longo dos dias que compuseram o julgamento, diversas testemunhas compartilharam seus relatos.

Entre elas, destacam-se o genitor de Joaquim, o especialista responsável pelo diagnóstico de sua condição médica, parentes tanto da vítima quanto do acusado e outros especialistas da área médica.

Aspectos importantes do julgamento

Elementos como a decisão da genitora de Longo em não interná-lo, a falta de sinais de agressão no corpo do pequeno e os depoimentos de Natália e Guilherme foram de suma importância para a definição do veredicto.