Caso Daniel Alves: Justiça Espanhola julga recurso do jogador

Jogador Daniel Alves (Imagem: Reprodução)

Agora é definitivo: a Justiça espanhola bateu o martelo e julgou o recurso interposto pela defesa de Daniel Alves como improcedente. Os advogados pediram que o jogador respondesse o processo em liberdade, demonstrando para isso, diversos fundamentos, porém, eles não foram aceitos.

O atleta que está preso há um mês acusado de ter praticado crime de estupro contra uma jovem de 23 anos, terá que aguardar as investigações do processo recluso na cadeia com maior número de estupradores do país.

A audiência em que o pedido de liberdade foi realizado pela defesa, aconteceu em uma quinta-feira (16) em Barcelona, mas a decisão ainda não tinha sido divulgada para os canais de comunicação. Os advogados tentaram convencer a justiça espanhola de que a liberdade do jogador não traria nenhuma malefício ao processo.

Na petição eles colocaram várias garantias de que Daniel ajudaria no processo e não fugiria para o Brasil, como aconteceu com o jogador Robinho, mas desta vez, a Justiça europeia está mais cada vez mais atenta para os casos de estupro envolvendo brasileiros.

O argumento da defesa em segundo momento, é de que a relação sexual entre Daniel e a suposta vítima foi consensual. Os advogados atestam que possuem provas de que o exame de corpo de delito realizado na jovem não indicou qualquer lesão que comprovaria um estupro.

Em contrapartida, a advogada da vítima sustenta que o atleta não pode ser solto, pois há fortes indícios de que ele empreenderia fuga do país, pois apesar dele possuir empreendimentos na Espanha, ele tem vários outros no Brasil, tendo condição de contratar um jato particular e conseguir uma identidade falsa.

O recurso que pedia liberdade provisória, no entanto, foi negado. A Justiça afirma que embora seja um caso de muita pressão midiática, as decisões têm que ser criteriosas para os dois lados.

Situação complicada

Além de ser impedido de responder o processo em liberdade, as polêmicas que giram em torno dos depoimentos do lateral só aumentam, pois a cada fala sua versão muda. Em seu último depoimento, o jogador chegou a dizer que foi estuprado pela jovem apontada como vítima.

No segundo depoimento, Daniel mudou sua versão, dizendo que o sexo com a mulher foi consensual, portanto, não houve violência, ou estupro. Desmentindo as palavras da suposta vítima. Agora, ele alega que a pessoa que sofreu o estupro foi ele, não a vítima.

Segundo o jornal catalão Ara, o lateral-direito alega que ele é quem foi alvo de abuso sexual. O jogador diz que o sexo oral foi realizado sem o seu consentimento. Ele sustenta que não queria expor a jovem, em um depoimento que teria sido realizado no dia 20 de janeiro.

“A verdade é que queria proteger esta senhora”.