Bruno Krupp, acusado de atropelar e matar uma adolescente é posto em liberdade

Bruno Krupp é solto pelo STJ
Modelo Bruno Krupp (Montagem: Reprodução)

Bruno Krupp, acusado de atropelar e matar uma adolescente é posto em liberdade

Nesta segunda-feira (27), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu habeas corpus para o modelo Bruno Krupp. Por isso, nesta quarta-feira (29), ele ficará em liberdade provisória, isso significa que ele poderá responder o processo em liberdade. O processo do qual ele está sendo acusado, é de homicídio, por ter atropelado e matado um adolescente. Ele estava preso desde agosto de 2022.

Vale lembrar que o habeas corpus é um remédio constitucional que tem como objetivo conceder o direito de ir e vir de um cidadão que está com sua liberdade limitada por qualquer motivo. Contudo, não se pode esquecer que Bruno está em liberdade provisória, o que significa que ele possui restrições impostas pela legislação, das quais o proíbem de realizar alguns atos e de frequentar certos lugares.

O Ministro do STJ, Rogerio Schietti Cruz acolhe a alegação da defesa de que Bruno sofre coação ilegal pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que não teria analisado seus pedidos de soltura com atenção, e teria descartado fatos novos, como o fato do modelo ter deixado de ser réu em um processo em que era acusado de estelionato. Com a liberdade provisória concedida, Bruno terá que:

  • entregar o passaporte;
  • comparecer mensalmente em juízo;
  • ter seu direito de dirigir suspenso;
  • proibido de tentar obter permissão ou habilitação para dirigir;
  • colocar tornozeleira eletrônica.

O descumprimento das medidas cautelares acima descritas acarreta volta para a prisão. O juiz das execuções criminais Gustavo Gomes Kalil, responsável pelo processo, já emitiu o alvará de soltura, que deve ser cumprido hoje. A defesa do modelo, encabeçada pelo advogado Ary Litman Bergher, reitera que Bruno é réu primário, portador de bons antecedentes e está preso há oito meses. O ministro acolheu o argumento e destacou que a revogação do mandado de prisão não altera o curso do processo.

Relembre o caso

Bruno Krupp estava preso preventivamente acusado de ter cometido crime de homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, isto porque, no dia 30 de julho de 2022, ele estava na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, quando atropelou e matou um adolescente de 16 anos. Na ocasião, Bruno dirigia sem habilitação e acima do limite de velocidade permitido na via.

O limite da via era de 60km por hora, e Bruno diria a 100km, em decorrência da velocidade, a colisão foi brutal, o jovem João Gabriel teve a perna esquerda amputada no momento do acidente. Ele chegou a ser socorrido ao Hospital Lourenço Jorge, também na Barra da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.

Denúncia e processo

Bruno Krupp virou réu depois que o juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, aceitou a denúncia do Ministério Público por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar no dia 26 de agosto. “Recebo a denúncia e, quanto ao pedido de relaxamento da prisão, ante o oferecimento da denúncia, fica prejudicado. Destaco ainda que, conforme informado pela Seap, quanto ao estado de saúde, o acusado está “melhor que no início da internação”.

“Assim, nada indica risco de vida que justifique a revogação da prisão. Por todos esses motivos, indefiro os pleitos libertários e mantenho a prisão preventiva”, disse o magistrado em sua decisão. O modelo passou pela primeira audiência de instrução do caso, em novembro do ano passado, e admitiu que dirigia a mais de 100Km/h, mas se recusou a responder perguntas do Ministério Público e do juízo da 4ª Vara Criminal da Capital. O réu estava preso desde agosto.