Brasileiras presas injustamente fazem desabafo forte e entregam detalhes do sofrimento
As brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía, que foram presas na Alemanha após terem as malas trocadas por bagagens com droga, chegaram ao Brasil nesta última sexta-feira (14). A informação foi confirmada ao portal g1por Lorena Baía, irmã de Kátyna. Questionada sobre como foi o voo, Lorena desabafou. “O voo foi tranquilo! Choramos por diversas vezes, mas foi um choro de alegria, alívio e gratidão!”, falou.
- Mudanças para viagens na Europa; Saiba como se preparar
- Mulher é mordida por tubarão ao posar nas Maldivas
- Campanha da Reserva viraliza e revolta internautas
A prisão na Alemanha
As goianas Jeanne Paolline e Kátyna Baía tinham o sonho de conhecer a Europa e planejaram viajar por 20 dias no continente. O objetivo de desembarcar em Berlim, capital da Alemanha, e conhecer a Bélgica e a República Tcheca se tornou em pesadelo, após serem presas no dia 5 de março por tráfico internacional de drogas na Alemanha. A irmã de Kátyna contou que as brasileiras planejaram a viagem com antecedência para celebrar um novo momento da vida profissional dela.
A prisão do casal em Frankfurt, a última conexão que faria antes de Berlim, motivou uma operação da Polícia Federal para descobrir o que aconteceu com as malas que foram despachadas em Goiânia e nunca chegaram ao país europeu. Em Frankfurt, a polícia apreendeu no bagageiro do avião duas malas com 20kg de cocaína cada, etiquetadas com os nomes de Jeanne e Kátyna. A prisão aconteceu na fila de embarque da escala, sem que elas pudessem ter visto as malas.
- Modelo é resgatada em caverna após fazer conteúdo ousado
- Paulo Cupertino, acusado de assassinar ator, irá a júri popular
O relato das brasileiras
Durante o período que ficaram presas (38 dias), a família teve muita dificuldade em entrar em contato com as brasileiras. Uma forma que elas encontraram de compartilhar o seu cotidiano na prisão, foi por meio de cartas. Em uma das cartas enviada para a irmã Lorena, Kátyna relatou que: “Ficamos umas quatro horas algemadas pelos pés e pelas mãos, como criminosas. Fomos obrigadas a entregar todos nossos pertences. Passamos por revista íntima, fomos humilhadas”, escreveu Kátyna Baía.
Nesta última semana, as brasileiras também conseguiram enviar áudios para as famílias. O repórter Honório Jacometto, da TV Anhanguera, teve acesso às gravações. Em um dos trechos, Jeanne Paollini relatou momentos de terror, como a separação das duas, e a forma que foram tratadas desde a audiência: “Pela manhã nós fomos para uma audiência com um juiz e sempre algemadas, acorrentadas pelos pés. Eu não tinha contato com a Kátyna e instantaneamente o juiz já decretou nossa prisão”, relatou.
A Kátyna Baía também desabafou e definiu o que estão vivendo como devastador. Para ela, acordar todos os dias na prisão é uma tristeza profunda. Segundo a brasileira, ela faz uso de remédios contínuos, que foram tirados. Dessa forma, além do desgaste psicológico, é uma batalha diária manter a saúde. Para piorar a situação, o casal contou que conviviam diariamente com “assassinas e incendiárias”.
Formada em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Advogada, apaixonada pelo universo do entretenimento, astrologia, área informativa política e internacional. Se dedica a esse nicho como redatora e repórter, produzindo conteúdos desde 2021.