O relançamento do Bolsa Família aconteceu no início do mês e os pagamentos vão ocorrer a partir do dia 20 de março. Mas muitas famílias não vão receber mais o benefício. Isso porque, o governo Lula passou um pente-fino nos inscritos e constatou muitos beneficiários em situação irregular.
De acordo com estimativa do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) 1.479.916 famílias vão deixar de receber o Bolsa Família ainda em março. Isso porque, não se enquadram no critério de renda do do programa. Enquanto isso, famílias que tinham direito ao benefício, mas que não estavam inclusas, passaram a receber.
O governo estima que a folha de pagamento de março terá a inclusão de 694.245 famílias que preenchiam os requisitos e estavam fora da lista de beneficiários até então. Nessas famílias há 335.682 crianças de zero a seis anos. Ao todo, serão 8,9 milhões de crianças nessa faixa etária que já recebem neste mês o adicional de R$ 150, totalizando um investimento federal de R$ 1,34 bilhão para esse grupo.
“Estamos em um processo. Nós vamos fazer uma atualização de todo o Cadastro Único. Nessa parceria com a rede SUAS, com os municípios, a gente trabalha, inicialmente, focado onde é mais previsível a irregularidade”, disse o ministro Wellington Dias. “Estamos tendo o cuidado de trabalhar com segurança para o Cadastro Único, tanto para a entrada quanto para a retirada de famílias”, afirmou ele.
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Entre essas irregularidades nos inscritos do Bolsa Família, 393 mil são famílias registradas como unipessoais. “Esses cadastros saem em março não por serem unipessoais, mas por estarem acima do critério de renda admitido pelo Programa Bolsa Família”, explicou Letícia Bartholo, secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único.
Já os adicionais de R$ 50 para as gestantes e a faixa etária de 07 a 18 anos vão começar a ser pagos em junho. Com base no levantamento de março, o programa estima que 7,1 milhões de crianças de sete a 12 anos, 7,9 milhões de adolescentes de 12 a 18 anos, e 820 mil gestantes.
“O cadastro é vivo, passa sempre por modificações. Hoje o número é esse, mas daqui a alguns dias pode ser outro. No mês que vem uma gestante pode ganhar neném, por exemplo, e então vai sair uma gestante e entrar um bebê no cadastro”, disse Wellington Dias. “Fico feliz quando a alteração é porque alguém não precisa mais do Bolsa Família”, completou o ministro.
Formado em Publicidade e Propaganda pela Faculdade Pitágoras e roteirista. Um apaixonado por televisão, e amante das novelas desde que se entende por gente.
