Após polêmica envolvendo a série ‘Rainha Cleópatra’, governo do Egito se manifesta
Após a polêmica gerada pelo trailer da série documental “Rainha Cleópatra”, que será lançada em maio na Netflix, o Ministério de Antiguidades do Egito se pronunciou sobre os ataques dos quais a série foi alvo. O órgão público do governo egípcio deu continuidade a controvérsia e afirmou que a figura histórica tinha “a pele branca e traços helênicos”.
O Ministério divulgou nesta quinta-feira (27) um comunicado no qual cita diversos especialistas que corroboraram com a afirmação e acrescentaram que “Os baixos-relevos e estátuas da rainha são as maiores provas”. Para o chefe de Antiguidades do Egito, Mustafa Waziri, representar a rainha como uma mulher negra seria “uma falsificação da história egípcia”.
Rainha Cleópatra
A série “Rainha Cleópatra”, foi produzida por Jada Pinkett Smith e é apresentada como um trabalho “baseado em reconstituições e depoimentos de especialistas”. O trailer afirma que o documentário mostra a vida da última faraó do Egito, “que lutava para defender seu trono, sua família e sua obra”.
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A prévia da produção foi alvo de uma petição online assinada por cerca de 40 mil pessoas para impedir o lançamento da série, por “falsificação histórica”. Usuários das redes sociais e comentaristas denunciam campanhas de grupos afro-americanos que reivindicam a origem da civilização egípcia.
O que se sabe sobre Cleópatra
A antiga civilização egípcia foi comprovadamente formada por uma população negra. A Rainha Cleópatra pertencia à dinastia macedônia dos Lágidas, originada no general Ptolomeu, que se tornou rei do Egito após a divisão do império de Alexandre, o Grande. Sua aparência e cor de pele não são muito conhecidas. Em 2009, no entanto, um documentário da BBC afirmava que ela tinha sangue africano.
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Possui passagem por assessoria de comunicação e produção de críticas musicais desde 2020 em redes sociais. Apaixonado pelo universo e cultura pop, pesquisa e produz conteúdo para o nicho desde 2019.