William Bonner para o Jornal Nacional e anuncia decisão da Globo: “Jamais”

Em um dia muito triste, William Bonner comunicou uma nova decisão da Globo durante o Jornal Nacional. O âncora parou o noticiário nesta quarta-feira (05) e informou ao vivo que a emissora tomou uma medida na cobertura de crimes, como o massacre que aconteceu em uma escola de Blumenau, em Santa Catarina.

Bonner avisou aos telespectadores do JN que, a partir de agora, a Globo não revelará o nome, a ocupação e nem exibirá imagens dos massacres. O objetivo da decisão do departamento de jornalismo do canal é impedir que a veiculação dessas informações sirva como inspiração para outros criminosos repetirem os mesmos atos. A recomendação vem de especialistas na área da Segurança Pública. A adoção da prática mais restritiva acontece em todos os veículos do Grupo Globo, segundo o comunicado lido pelo apresentador do JN.

Comunicado da Globo

“Os veículos do Grupo Globo tinham há anos como política publicar apenas uma única vez o nome e a foto de autores de massacres como o ocorrido em Blumenau. O objetivo sempre foi evitar dar fama aos assassinos para não inspirar autores de novos massacres”, iniciou Bonner.

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O colega de bancada de Renata Vasconcellos anunciou a prática ainda mais restritiva a partir de agora e que a publicação de detalhes está totalmente vetada na Globo. “Essa política muda hoje e será ainda mais restritiva: o nome e a imagem de autores de ataques jamais serão publicados, assim como vídeos das ações”, comunicou ele no JN.

William Bonner explica decisão no Jornal Nacional

Ao comunicar a decisão, Bonner explicou que essa prática é recomendada por especialistas no assunto. “A decisão segue as recomendações mais recentes de prestigiados especialistas no tema, para quem dar visibilidade a agressores pode servir como um estímulo a novos ataques”, justificou.

Por fim, William Bonner lembrou que estudos revelaram o que os criminosos pretendem com esse tipo de crime. “Estudos mostram que os autores buscam exatamente esta ‘notoriedade’, por pequena que seja. E não noticiamos ataques frustrados subsequentes, também para conter o chamado ‘efeito contágio'”, concluiu.