Viúvo de Paulinha Abelha faz desabafo um ano após a morte da cantora

Paulinha Abelha
Viúvo de Paulinha Abelha fala sobre a vida um ano após a morte da cantora. (Foto: reprodução/Instagram).

Nesta quinta-feira (23) a morte da cantora Paulinha Abelha, vocalista da banda Calcinha Preta, completa um ano. Clevinho Santana, viúvo da artista que morreu aos 43 anos, vítima de um quadro de comprometimento multissistêmico, falou em entrevista a jornalista Carla Neves, da Quem, sobre como tem sido sua vida após a partida da esposa.

“Ainda é difícil. Só sabe o que é o luto quem passa por ele. Não é fácil, tentamos seguir, mas sempre surgem as lembranças dos momentos com ela. Um ano já se passou e a partida da Paulinha foi algo repentino, fomos pegos de surpresa, ainda sinto muito”, confessou Clevinho.

“Estou seguindo com muita força de Deus. Por várias vezes já pensei em desistir de tudo, até da minha própria vida. Meus amigos, meu médico, o Dr. Rafael [nutrólogo], e minha família que me deram força e conversaram muito comigo. Ainda é muito doloroso”, relatou o modelo, dançarino e cantor.

O viúvo conta ainda que os momentos mais difíceis são os que está sozinho: “Quando estou no meu quarto e vou dormir, sinto demais a falta dela. Quando estou na rua, trabalhando, ou com os amigos, a família, ainda dá para espairecer um pouco. Mas quando todo mundo vai para casa e retorno para casa e deito, tenho todas aquelas lembranças, como tudo aconteceu.”

“Eu era muito jovem, sem preparo. Quem se prepara para isso? Ainda é doloroso. Sou aquele tipo de pessoa que não demonstra, sofro na minha, sozinho, calado, no meu quarto. Não demonstro tristeza”, completa.

Clevinho ainda falou sobre a disputa judicial com as irmãs da cantora que se mudaram para a casa onde ela morava com o pai. Clevinho continuou por lá depois da morte da esposa, mas se mudou depois que as cunhadas se mudaram para o local.

“Saí de lá. Agora moro em Aracaju de aluguel, estou vivendo minha vida, procurei paz. Para mim foi melhor estar em paz. O amor que tive por Paulinha sempre vai existir dentro do meu coração. Perdi o contato com a família dela porque as irmãs dela queriam ficar lá para tomar conta do pai, entramos em um acordo e elas decidiram tomar conta dele. E eu pedi para me retirar da casa”, relatou.

Segundo o viúvo, ele e Paulinha sempre cuidaram do pai e sogro, Gilson Santos Nascimento, conhecido como Abelha, de 66 anos, que tem uma doença degenerativa. Ele afirma que as suas cunhadas nunca foram visitar o idoso.

“Acompanhei todo o início da doença do pai dela. Sempre fomos eu e a Paulinha, minha mãe e minha tia cuidando dele. Eu estava presente no início da doença, ele passou 23 dias na UTI. Ele era o amor da vida da Paulinha. Ela sempre fez de tudo por ele. E eu também cuidei dele, sabia trocar a traqueostomia dele. Tinha ele como um pai, ainda tenho o maior carinho e amor por ele. E não é fácil ver um senhor do jeito que ele está. Mas peço a Deus que ele fique sempre bem”, declarou.