Sam Smith sofre ataques gordofóbicos e homofóbicos e motivo vem à tona

Sam Smith
Sam Smith sofre ataques homofóbicos e gordofóbicos por seu novo clipe. (Foto: divulgação).

Após a repercussão do clipe de “I’m Not Here To Make Friends”, lançado na última semana, Sam Smith está recebendo uma série de ataques homofóbicos e gordofóbicos. a produção mostra o britânico encarnando uma “diva pop”, com figurinos luxuosos e esbanjando sem pudor a sua identidade queer.

Nos comentários do vídeo, no YouTube, há pessoas chamando o cantor de “degenerado” e o acusando de estar promovendo “este tipo” de conteúdo para crianças, apesar de o clipe não estar recomendado para o público infantil na plataforma.

No Twitter, usuários comparam a prisão do influencer Andrew Tate por tráfico de pessoas e crime organizado com o lançamento de Sam Smith e alegam injustiça. O clipe no entanto, é um sucesso e já acumula 3,2 milhões de visualizações.

Os ataques estão sendo rebatidos por outras pessoas. “Se Sam Smith fosse cis, hétero e magre não seria ridicularizado por como se veste. Se Harry Styles usasse as mesmas roupas em uma capa de revista, todos estariam gritando: ‘Yas Queen.’ De qualquer forma, apoiem pessoas queer e gordas.”, pontuou uma usuária no Twitter.

Sam se identifica abertamente como uma pessoa não-binária e comentou sobre como tem sido lidar com as opiniões a respeito da sua identidade de gênero e da sua sexualidade em entrevista com Zane Lowe para Apple Music.

“Temos dois lados: minha vida pessoal e minha vida pública. Na pessoal, não há pontos negativos. Minha família consegue se comunicar comigo, sempre fizeram isso, mas agora de um jeito ainda melhor. Minha vida amorosa melhorou – me sinto amável, confortável em minha pele. Visto o que quiser vestir”, iniciou.

O artista ainda pontua que gostaria de ter entendido sua identidade ainda na infância: “Queria que eu soubesse as palavras enquanto estava na escola, porque eu teria me identificado desta forma [pessoa não-binária] na escola, porque é o que eu sou e sempre fui.”

“Acho que os únicos pontos negativos e lutas que eu enfrentei foram na minha vida pública e no trabalho. A quantidade de ódio e merd* que veio no meu caminho, era simplesmente exaustivo. Foi muito difícil”, completou.

Veja o clipe de “I’m Not Here To Make Friends”: