No dia 24 de julho, a Seleção Brasileira fará sua estreia na Copa do Mundo Feminina contra o Panamá. Nesse sentido, é importante mencionar que a icônica Marta, frequentemente reverenciada como uma das melhores jogadoras de todos os tempos, irá jogar na competição pela sexta vez. No entanto, mesmo com o crescimento do futebol feminino, persiste uma grande disparidade salarial em relação ao futebol masculino.
Conforme um estudo divulgado pelo jornal “Marca”, Marta será a atleta brasileira com maior salário nesta competição. Marta, que defende o Orlando Pride na liga americana, recebe um pagamento anual de US$ 400 mil.
Comparativamente, Neymar, figura proeminente da seleção masculina, recebe um salário 125 vezes maior que Marta. Segundo a revista “Forbes”, o jogador recebe US$ 50 milhões por temporada para atuar no Paris Saint-Germain.
Apesar de Marta e Neymar não jogarem no Brasil, essa discrepância salarial é uma realidade no país. Por esse motivo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei n° 14.611 de 2023, com o objetivo de minimizar essa diferença salarial entre homens e mulheres no mundo corporativo.
Para ilustrar, Marta registrou impressionantes 293 gols em 484 partidas, de acordo com o portal “Goal”. Considerando seu atual salário, cada gol da jogadora vale US$ 1.365 (equivalente a R$ 6.568, na cotação atual).
Por outro lado, Neymar, segundo o “Goal”, atingiu a marca de 436 gols em 708 jogos. Com seu salário atual, cada gol do atleta vale US$ 114 mil (R$ 552 mil, na cotação atual).
Edmar Bulla, empresário e criador do estudo Oldiversity, que analisa o comportamento das grandes marcas em relação à diversidade, crê na necessidade de mudar a percepção da sociedade sobre o futebol para reduzir essa discrepância salarial.
Ele declara: “Enquanto houver uma divisão entre futebol masculino e feminino, sempre haverá desigualdade. Quando falarmos de futebol de forma global e abrangente, alcançaremos um novo patamar social e derrubaremos ideologias ultrapassadas”.
Além disso, Bulla enfatiza a importância de aumentar a participação feminina nas tomadas de decisão para causar um impacto real. Ele adiciona: “Enquanto não tivermos mulheres tomando as decisões, os movimentos ‘bottom-up’ continuarão ocorrendo, mas seus efeitos serão menos impactantes”.
Formação em Comunicação Social – Especializações em Redação – Copywriting – Pós graduação: Artes em Jornalismo pela Columbia Journalism School – Universidade Columbia.
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