Daniel Alves está detido temporariamente desde 20 de janeiro, sendo investigado por alegações de estupro de uma mulher de 23 anos em uma boate em Barcelona. O progresso da investigação, que está sendo mantido em segredo pela Justiça, terá novos desenvolvimentos nesta semana, concentrando-se em três aspectos-chave.
- Testes de DNA com os vestígios colhidos no banheiro da discoteca e no exame de corpo de delito da denunciante;
- Perícia dos vídeos do circuito interno para definir se os tênis brancos que aparecem são de Daniel Alves;
- Oposição ao pedido de liberação de Daniel Alves, que a advogada de defesa da denunciante deve apresentar.
Teste de DNA
Devem ser entregues às partes nos próximos dias material para a realização de exames de DNA. Durante a investigação, foram colhidos vestígios no interior do banheiro da discoteca e durante o exame de corpo de delito da denunciante.
O exame de corpo de delito foi realizado ainda na madrugada do dia 31 de dezembro, horas depois de a denunciante sair da discoteca o crime teria ocorrido na noite de 30 de dezembro de 2022. A rapidez no atendimento foi fruto da aplicação de um protocolo chamado “No Callem”, que inclui o treinamento de funcionários de casas noturnas, além de uma série de ações de atendimento a vítimas de agressão sexual.
Perícia dos vídeos
A polícia coletou mais de sete horas de vídeo das câmeras de segurança da boate onde o suposto crime ocorreu.
Entre eles, há cerca de dois minutos que são considerados cruciais para o caso. A defesa de Daniel Alves argumenta que ele entrou no banheiro da área VIP da discoteca 1min36s antes da denunciante e depois fechou a porta. É neste momento que os sapatos brancos se tornam parte importante do caso.
- De acordo com uma fonte com acesso ao vídeo, as imagens capturadas mostram parte de um tênis branco perto da porta.
- A acusação afirma que o tênis é propriedade do jogador e que ele estaria segurando a porta e convidando a denunciante para se juntar a ele.
- Por outro lado, a defesa argumenta que o tênis é apenas um reflexo de outro cliente, causado por um espelho.
A perícia será feita nas imagens para averiguar quem calçava os tênis que aparecem no vídeo.
O recurso da acusação
A advogada da mulher que acusa Daniel Alves, Ester García López, vai apresentar sua oposição ao pedido de liberdade do jogador. Até 9 de fevereiro, ela deve apresentar um documento solicitando a continuidade da prisão e apresentar argumentos para refutar o recurso.
Na segunda-feira (6), o Ministério Público Espanhol se manifestou contrário à soltura de Daniel Alves, mesmo que os requisitos apresentados pela defesa para embasar a prisão domiciliar sejam cumpridos.
Sem mais testemunhas
Na semana passada, novas testemunhas foram interrogadas e não há mais depoimentos previstos nesta etapa da investigação. Na sexta-feira (3), oito testemunhas foram ouvidas no Juizado 15 da Cidade da Justiça em Barcelona: uma amiga e uma prima da denunciante, cinco funcionários da boate Sutton e um dos sócios do local.
Estes oito depoimentos se juntam aos de Daniel Alves, Bruno Silva – um chef e amigo do jogador que estava com ele naquela noite – e da denunciante. Eles prestaram suas declarações à Justiça em 20 de janeiro, quando o lateral direito foi detido temporariamente.
Na semana passada, a equipe de advogados de Daniel Alves – incluindo o advogado criminalista Cristóbal Martell – apresentou um recurso solicitando que o jogador fosse transferido para prisão domiciliar durante o curso das investigações.
Daniel Alves está detido na prisão de Brians 2. A decisão de mantê-lo preso foi tomada pela juíza responsável pelo caso, depois que ele prestou depoimento no Tribunal de Justiça da Catalunha.
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