Prefeitura de Pelotas é criticada por campanha confusa contra LGBTfobia

LGBTfobia
Prefeitura de Pelotas deu uma bola fora ao fazer campanha (Foto: Instagram)

Prefeitura de Pelotas é criticada por campanha confusa contra LGBTfobia

Uma campanha contra a LGBTfobia promovida pela prefeitura de Pelotas, no Rio Grande do Sul, acabou alvo de muitas críticas pela forma confusa que as palavras foram empregadas no poster. “Sapatão, Viado e Traveco”, palavras consideradas pejorativas, estampavam a ação, que causou um debate entre os internautas.

Embora a mensagem seguisse com uma frase — bem pequena — que dizia: “que estão cansados de ouvir esses absurdos“, a questão não pegou bem. Na legenda, a prefeitura prosseguiu: “Pode parecer inofensivo, mas agressões verbais podem causar sofrimento psicológico e até mesmo levar a agressões físicas. Repensar falas preconceituosas é um ato importante no combate à violência contra a população LGBTQIA+”.

Marketing reverso

A prática no marketing é conhecida como “marketing reverso”, mas foi considerada mal executada e apelativa. “A iniciativa é válida, mas não entendi, gente. Para que salientar o que mais machuca? Vamos repensar um pouquinho mais na próxima“, escreveu uma seguidora.

Não tinha uma pessoa para avisar que esse post não ficou de bom tom?”, questionou outro, referindo-se ao fato de que em uma campanha é comum que a peça passe por diversas aprovações. “Gente, a Nazaré Tedesco assumiu as redes sociais da prefeitura de Pelotas?“, disse outro. Um dia após a publicação, a prefeitura, que não se manifestou, mantinha o post online, que já angariava mais de 1,6 mil comentários.

Governo Lula cria Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIAP+

Na sexta-feira (7), o governo federal publicou um decreto no Diário Oficial da União (DOU) que criou o Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Queers, Intersexos, Assexuais e Outras (CNLGBTQIA+). O objetivo do programa é ajudar na elaboração e execução de ações e medidas governamentais para pessoas que integram a Comunidade LGBTQIAP+ . Segundo o decreto, o conselho vai ser formado por 19 representantes de organizações da sociedade civil, além disso, 19 representantes de ministérios do governo também farão parte do programa. A participação, no entanto, não terá nenhum tipo de remuneração.

Além disso, a medida publicada pelo governo do Presidente Lula também prevê que o órgão possa instituir câmeras técnicas e grupos de trabalho ou estudo e a elaboração de propostas sobre temas ligados ao assunto, segundo o documento. Todas as despesas para manter o conselho ativo serão custeadas pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, aponta o governo federal.