Policial ligado ao tráfico entra na mira de Tarcísio e algo acontece

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Marcelo Florêncio: da posição de policial civil à acusação de conluio com o tráfico. Sua aposentadoria é revogada em meio a controvérsias (Foto: reprodução/internet)

O policial civil de São Paulo, Marcelo Florêncio, encontrou-se em uma encruzilhada profissional quando, surpreendentemente, teve sua aposentadoria cassada pelo governador Tarcísio de Freitas. A razão por trás dessa decisão severa foi a alegação de que ele passava informações confidenciais a traficantes. Para complicar ainda mais a situação, ele foi detido em 2019, após, notavelmente, as investigações terem sido iniciadas dois anos antes, as quais sugeriam fortemente seu envolvimento com atividades criminosas.

Com 55 anos e uma formação acadêmica em Matemática Aplicada pelo prestigiado Centro Universitário Barão de Mauá, Marcelo Florêncio decidiu estabelecer residência em Ribeirão Preto. De forma intrigante, em suas redes sociais, ele mantém a afirmação de que ainda “trabalha na área de segurança”. No entanto, e de forma contrastante, os registros meticulosos do Ministério Público de São Paulo lançam sombras sobre essa declaração. Em uma operação em 2017, a Polícia Civil, durante uma inspeção rotineira, tropeçou em um achado alarmante: dentro de um carro repleto de maconha e crack, eles descobriram um recibo de depósito no valor de R$ 1 mil, destinado à conta bancária de Florêncio. O que amplifica a suspeição é que, nesse período específico, ele exercia suas funções na delegacia de polícia de Vista Alegre do Alto, uma pequena cidade no interior de São Paulo.

Atividades

Para complicar ainda mais sua situação, as mensagens salvas no celular de Eduardo dos Reis Oliveira, identificado como acusado de tráfico, forneceram uma perspectiva mais clara da extensão de suas atividades. As mensagens insinuavam que Florêncio atuava como uma espécie de informante, vazando detalhes das ações da polícia para esse grupo criminoso. Aprofundando-se mais na teia de evidências, emergiu-se que Florêncio, de forma comprometedora, havia aceitado dois pagamentos distintos de R$ 2 mil, nos meses de julho e agosto de 2017, em troca de suas informações privilegiadas.

Revelações

Face a essa avalanche de revelações, ele tomou a decisão de se aposentar da Polícia Civil em fevereiro de 2018. Mas a saga não terminou por aí. Em um giro inesperado, no momento de sua prisão em 2019, ele foi localizado no Fórum do município de Pirangi. Na tentativa de se defender, alegou ter “residência fixa na cidade de Taiaçu (SP)” e assegurou não possuir antecedentes criminais. No entanto, diante do peso das evidências e da gravidade das acusações, ele acabou sendo denunciado por corrupção passiva e colaboração com o tráfico de drogas.