A unidade criminal regional de West Kowloon, em Hong Kong, suspeita de ter havido erro humano ou negligência na instalação do telão que caiu durante o show do grupo de k-pop Mirror, na última quarta-feira (27).
Segundo as informações divulgadas pelo South China Morning Post, a polícia deve investigar se os trabalhadores envolvidos na montagem da estrutura do show eram qualificados para exercer esta função. Pelo menos quatro das empresas envolvidas na produção do evento disseram que não foram responsáveis pela instalação do equipamento.
O dançarino Mo Lee Kai-yin, de 27 anos, que foi atingido por um telão caído no palco onde acontecia o show, corre o risco de ficar tetraplégico. Segundo o mesmo veículo, uma fonte médica explicou que o impacto do painel de LED acabou deslocando a terceira e a quarta seções das vértebras cervicais do artista, deixando-o, até o momento, impossibilitado de fazer movimentos do pescoço para baixo.
Kai-yin também apresenta ferimentos na cabeça e nos pulmões. Segundo boletim desta sexta-feira, seu estado é crítico. Seus pais, que moram no Canadá, já afirmaram que irão viajar para visitá-lo. O outro dançarino atingido, Chang Tsz-fung, de 29 anos, também ficou ferido, mas em menor gravidade e já recebeu alta do Hospital Queen Elizabeth.
Na terça-feira, 26, o integrante do Mirror Frankie Chan já havia protagonizado um episódio que gerou críticas à falta de segurança na estrutura do show. Enquanto falava sob uma plataforma elevada, Frankie caiu e arranhou o braço. Ele se levantou e informou que estava bem, seguindo com a apresentação.
Kai-yin passou por uma cirurgia em suas vértebras durante a noite e voltou ao centro cirúrgico novamente nesta sexta-feira (29). O jovem precisou ser entubado, mas sua coluna foi estabilizada. Ainda não se sabe se a paralisia será definitiva.
Segundo os médicos, a recuperação dos movimentos dos membros do dançarino depende da renovação de seus nervos danificados.
As conclusões preliminares do acidente, apontaram a causa da queda do telão ao rompimento de uma das duas cordas de metal que seguravam-no à estrutura colocada acima do palco.
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Possui passagem por assessoria de comunicação e produção de críticas musicais desde 2020 em redes sociais. Apaixonado pelo universo e cultura pop, pesquisa e produz conteúdo para o nicho desde 2019.
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