“É uma estreia na passarela, mas também não deixa de ser um momento para eu me divertir e sentir prazer com esse momento. Acho que vou amar esse momento de participar de algo tão grandioso como um desfile de coleção na semana de moda de São Paulo. É uma celebração que estou muito honrada de participar. E justamente por isso, comecei a fazer aulas de passarela para não fazer feio”, explicou à Quem.

Preconceito no início da carreira

Pocah nasceu em Queimados, no Rio de Janeiro, e aos poucos foi galgando seu sucesso na música. No entanto, o começo foi repleto de desafios, especialmente por causa do preconceito em seu uma mulher, periférica e negra, cantando funk. “O funk de modo geral sempre foi marginalizado, infelizmente e injustamente. Naquela época, uma mulher que canta funk sofria muita resistência das marcas“, revelou ela, que foi alvo de boatos de separação.

Ela lembrou que não foi apenas com ela, mas muitas outras artistas negras sofreram esse tipo de resistência das empresas. “Não queriam ser associada ao gênero e até com a periferia. Não apenas eu, mas muitas mulheres do gênero sofreram com isso. Se você for mulher preta, mais difícil ainda ser aceita por esse universo”, observou.

O reconhecimento demorou a chegar. “O mundo da moda de fato só me abraçou recentemente, depois que eu tive que provar com muita luta que eu mereço estar nesses lugares e não sou menor do que ninguém por cantar funk”, ressaltou a artista, que esteve no BBB 21.

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Moda

No passado, com poucos recursos, Pocah lembrou como fazia para conseguir se manter na moda. “A gente sempre dá um jeito (risos). Acho que essa fase foi a minha principal escola para aprender que estilo não tem nada a ver com a etiqueta que você usa. Um jeans, uma camisa branca e um tênis hoje em dia pode virar um mega conteúdo de moda. Acho estar na moda é estar com a roupa certa para a ocasião certa, sendo fiel ao que você acha bonito e confortável para seu corpo”, afirmou.