Netinho de Paula enfrenta bloqueio de bens após polêmica em show televisivo

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Netinho de Paula enfrenta bloqueio de bens após polêmica em show televisivo. (Foto: reprodução/internet)

O cenário televisivo brasileiro tem visto sua cota de polêmicas ao longo dos anos, e o cantor Netinho de Paula não é exceção.

Relembramos dois momentos significativos envolvendo o artista que marcaram sua trajetória na televisão e na justiça.

Constrangimento em rede nacional

Em 2001, no auge de sua carreira televisiva como apresentador do programa “Domingo da Gente”, exibido pela Record TV, um episódio provocou grande controvérsia.

Aconteceu quando uma participante foi incentivada por Netinho a doar um rim para a sua irmã durante a transmissão ao vivo.

O detalhe surpreendente é que a mulher estava no programa originalmente para ajudar uma sobrinha que necessitava de recursos para uma cirurgia.

No desenrolar do programa, após a recusa inicial da mulher em realizar o procedimento cirúrgico, Netinho não escondeu sua emoção e chorou em resposta.

O público viu a mulher submetida a uma pressão que ela classificou como uma “humilhação”.

Além do trauma vivido naquele palco, ela mencionou que enfrentou ofensas e agressões em sua comunidade após o episódio.

O impacto psicológico foi tão grande que ela acabou cedendo e realizando a cirurgia de doação. Porém, como resultado, perdeu seu emprego.

“Qual foi a humilhação?”, foi a indagação da defesa de Netinho, que, na época, argumentou que a doação teria sido um gesto de altruísmo e que ele não causou mal a ninguém.

Indenização pesada por caso anterior

Não foi a primeira vez que Netinho se encontrou em meio a uma tempestade judicial devido a sua conduta na televisão.

Em uma ocasião anterior, ele já havia sido sentenciado a pagar R$162,9 mil de indenização a uma mulher que passou por um episódio similar de constrangimento no mesmo programa.

O cerne da acusação era que Netinho teria negligenciado as possíveis consequências profissionais para a mulher, que corria o risco de perder o emprego caso optasse pelo procedimento cirúrgico.

Os advogados da vítima enfatizaram que ela decidiu doar sob a pressão do programa e que, após sua decisão, a demitiram por justa causa, levando-a a enfrentar desafios financeiros.

Por causa da condenação e da falha em pagar, tomaram medidas para garantir a quitação da dívida.

A juíza Larissa Tunala do TJSP ordenou que a Associação Brasileira de Música e Artes (Abramus) depositasse 20% dos valores destinados a Netinho em uma conta judicial, até saldar completamente o montante da indenização.