Um dos assuntos mais comentados no twitter na tarde da última quarta-feira (25) foi a estreia da minissérie da Netflix que relata a história do incêndio ocorrido na Boate Kiss há 10 anos no Rio Grande do Sul. Os internautas ficaram muito emocionados com o enredo baseado em fatos reais.
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“Todo dia a mesma noite” foi criada com base em um livro reportagem da jornalista Daniela Arbex, lançado em 2018. A trama conta, dez anos após o incêndio em Santa Maria, a trágica história que tirou a vida de 242 pessoas e deixou mais de 600 feridas.
Mesmo após 10 anos do ocorrido, nenhum responsável foi está preso e, é sobre essa ótica que o enredo acontece. Cinco episódios mostram de forma ficcional, o que aconteceu na noite de 27 de janeiro de 2013. É possível notar a incessante busca por justiça por parte dos familiares.
A proposta da minissérie é fazer um retrato do sistema judiciário, relatando como aconteceram as etapas do julgamento das partes e a dor da impunidade que assola as famílias. Em entrevista à CNN, a atriz Bianca Byington contou como foi sua experiência atuando:
“A gente tinha essa vivência terrível para representar, mas a gente tinha também a vivência da transformação que essas pessoas passaram, que foram obrigadas a passar. Do luto à luta, eles realmente se viram em uma missão que até hoje está aí. São 10 anos que essas pessoas brigam por justiça”
Na série, a atriz vive a mãe de uma vítima do incêndio, que faz parte da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria. Para Daniela Arbex (autora do livro), esta tragédia não pode ser esquecida.
“Eu falo sempre que a dor dói mais quando ela é ignorada. Então, a gente precisa mostrar para o país que a omissão coletiva gera barbárie. Nesse caso, e em todas as outras tragédias do Brasil, se a gente não construir memória, a gente repete”, ressaltou.
Confira o trailer oficial:
O roteirista Gustavo Lipsztein buscou por um recorte para que os episódios ficassem curtos: a busca por justiça: “Era importante mostrar que eram indivíduos, não uma estatística. Não são 242, é a Mari, é o Guilherme, é o Marco, é o Felipinho. E essas histórias representam todas, porque na individualidade você vê a coletividade”, explicou.
O incêndio na Boate Kiss está entre os mais fatais do mundo e impactou milhares de pessoas.
“A gente escolheu essas histórias pra contar, mas não é só quem morreu que passou pelo trauma. A própria série vem e diz: estão todos no hospital, estão todos fazendo tratamentos psiquiátricos”, analisou Paulo Gorgulho, ator que interpreta o pai de uma das vítimas da tragédia.
A digital influencer Paola Antonini estreou sua carreira como atriz dando vida a uma das pessoas que sobreviveram a tragédia. A respeito da série ela afirmou:
“Eu acho muito importante todo o papel social que a série tem. Foram meses emocionantes mesmo, fazendo algo que eu nunca tinha feito, mas eu sempre lembrava do principal, que era contar essas histórias da melhor forma, para que algo assim nunca mais aconteça”, relembrou Paola.
Veja a primeira impressão dos internautas:
Desidratada depois de assistir a série sobre o incêndio da Boate Kiss. Angustiante se imaginar na situação das vítimas e familias e revoltante ver como a justiça do nosso país é falha. pic.twitter.com/k1L6r6HTgO
— Ca (@mmoreno_k) January 25, 2023
É pesado mas achei necessário a Netflix contar essa versão da tragédia da Boate Kiss, pra que as 242 vidas perdidas e seus pais tenham justiça. Espero que isso nunca mais se repita pic.twitter.com/m0tVeRZO9I
— tiktokslgbts (@LGBTQIAF) January 25, 2023
Formada em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Advogada, apaixonada pelo universo do entretenimento, astrologia, área informativa política e internacional. Se dedica a esse nicho como redatora e repórter, produzindo conteúdos desde 2021.
