Momentos finais: PM e porteiro tentaram dialogar com Karol Eller

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Momentos finais: PM e porteiro tentaram dialogar com Karol Eller. (Foto: reprodução/internet)

A influenciadora digital e simpatizante de Bolsonaro, Karol Eller, que tinha 36 anos, encontrou seu fim trágico na recente noite de quinta-feira, 12/10, em sua residência na região sul de São Paulo.

Instantes antes de sua triste decisão, tanto a equipe de segurança do edifício quanto policiais militares fizeram tentativas de dialogar e evitar o ato.

Desabafo nas redes sociais

Antecedendo sua decisão, Karol postou desabafos profundos nas redes, onde expressou sentimentos como “perdi a guerra” e “lutei pela pátria”. Seu desabafo digital alarmou vizinhos, que rapidamente comunicaram o porteiro Odair da Silva.

Ele mencionou à polícia que justamente quando foi informado sobre os preocupantes posts de Karol, uma equipe da polícia chegou ao local.

“Ao olharem para a janela daquele apartamento, viram Karol já do lado de fora da janela.”

Policiais e o porteiro buscaram estabelecer uma conversa com Karol. No entanto, em pouco tempo, o trágico acontecimento se desenrolou.

Batalhas internas e revelações

Karol, em recente conversa com o pastor Wellington Rocha, falou abertamente sobre seus desafios emocionais e mencionou uma carta que havia escrito com intenções tristes antes de se juntar a um retiro espiritual.

A influenciadora, cujo nome verdadeiro é Flávia Caroline de Andrade Eller, teve uma discussão intensa sobre seu próprio entendimento de sua sexualidade após o retiro em Minas Gerais.

“Deus me ama como eu sou. Mas não como eu estava. Ele me ama como eu estava, mas ele não quer as minhas práticas”, disse ela ao pastor.

Em outro momento sincero com o pastor, ela falou sobre a carta escrita com teor suicida.

Pastor Wellington e a palavra “renúncia”

Usando uma camiseta que tinha a palavra “renúncia”, o pastor Wellington expressou sua dor e choque em um vídeo logo após receber a notícia da morte de Karol.

Em suas palavras, ele enfatizou a seriedade da depressão e o cuidado necessário. “Não sei se pode servir como alerta. Mas alguém com depressão não pode ficar sozinho”.

A história de Karol Eller

Karol tinha conexões familiares na indústria musical, sendo prima de terceiro grau da cantora Cássia Eller. Antes de sua fama online, trabalhou como promotora de eventos e compartilhava sobre a vida nos EUA.

Em 2019, aproximou-se da família Bolsonaro e assumiu um cargo na Empresa Brasil de Comunicação (EBC), do qual foi posteriormente afastada.

Lidando com a depressão e a importância de pedir ajuda

Mensalmente, milhares buscam auxílio no Centro de Valorização da Vida (CVV). A depressão, se não tratada adequadamente, pode ter consequências devastadoras.

O CVV, junto com outros poucos serviços em Brasília, oferece apoio gratuito àqueles em crise, com voluntários disponíveis 24 horas por dia.