Ministério Público aponta esquema de rachadinha em gabinete de Carlos Bolsonaro

Carlos Bolsonaro
Ministério Público aponta esquema de rachadinha no gabinete de Carlos Bolsonaro. (Foto: reprodução/redes sociais).

Ministério Público aponta esquema de rachadinha em gabinete de Carlos Bolsonaro

De acordo com laudo Levantado pela equipe do Laboratório de Tecnologia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e trazido a tona pelo Jornal O Globo, Jorge Luiz Fernandes, Chefe de Gabinete do vereador Carlos Bolsonaro desde 2018 recebeu um total de R$ 2,014 milhões em créditos provenientes das contas de outros seis servidores nomeados pelo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A movimentação financeira seria a prova mais consistente, obtida pela 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada, na investigação sobre suspeita de rachadinha no gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara Municipal. O mesmo levantamento, também demonstrou que Fernandes usou contas pessoais para pagar despesas do vereador.

MP irá investigar

A 3ª Promotoria fez pedido de investigações complementares ao Laboratório de Lavagem, para saber se os pagamentos foram eventuais ou regulares. No caso da segunda hipótese ser confirmada, ficará provado que Carlos se beneficiou diretamente do desvio dos salários de seus servidores.

O laudo já produzido é suficiente para imputar o crime de peculato ao chefe de Gabinete. Ainda segundo as informações da reportagem do jornalista chico Otávio, do jornal O Globo, o documento constatou que, entre 2009 e 2018, Fernandes recebeu créditos dos funcionários Juciara da Conceição Raimundo,  Andrea Cristina da Cruz Martins, Regina Célia Sobral Fernandes, Alexander Florindo Batista Júnior, Thiago Medeiros da Silva e Norma Rosa Fernandes Freitas.

Fernandes e Carlos Bolsonaro

Fernandes é casado com uma das depositantes, Regina Célia, e é cunhado de Carlos Alberto Sobral Franco, que foi lotado no gabinete de Jair Bolsonaro quando o ex-presidente era deputado federal. Ele, que também é conhecido como Jorge Sapão, é considerado por funcionários da Câmara como um segundo pai para Carlos Bolsonaro.

De acordo com a reportagem, o vereador carioca frequenta a casa do chefe de Gabinete com quem trabalha desde o primeiro mandato, em 2001. O Laboratório de Lavagem investigou um total de 27 pessoas e cinco empresas ligadas a Carlos Bolsonaro. A investigação do MP-RJ foi iniciada com base em reportagem publicada pela revista “Época”, em junho de 2019.

A reportagem revelava que sete parentes de Ana Cristina Valle, ex-mulher do ex-presidente e sua madrasta, foram empregados no gabinete de Carlos, mas não compareciam ao trabalho.