O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou seu itinerário para a COP28 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que ocorrerá nos Emirados Árabes no final de novembro.
Além da participação no evento em questão, Lula planeja visitar três outros países: o Catar, a Arábia Saudita e a Alemanha. Ele revelou essa agenda durante a abertura do 6º Brasil Investment Forum em Brasília (DF).
“Antes de ir na COP, eu quero passar no Catar, quero passar na Arábia Saudita, e, quando terminar nos Emirados Árabes [COP], passar na Alemanha, na grande reunião entre empresários alemães e empresários brasileiros. Em todos esses encontros, a gente vai levar projetos que o Brasil tem” comunicou Lula.
Presidente Lula explica motivo das viagens internacionais
Lula expressou seu desejo de realizar reuniões com representantes internacionais durante essas visitas, com o objetivo de atrair investimentos para o Brasil.
Essas ações estão alinhadas com a política externa do governo no primeiro ano de seu mandato, que busca restaurar a posição do Brasil como liderança internacional, após ter perdido terreno na gestão anterior. O presidente já adiantou que no próximo ano, seu foco será em questões internas.
Lula planeja não vender ativos públicos
O evento contou com a presença de ministros, como Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), além do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Empresários e investidores do país também estavam presentes no fórum.
O presidente Lula assegurou aos representantes do setor privado que seu governo não planeja vender ativos públicos, mas pretende torná-los mais competitivos e promover parcerias com a iniciativa privada para promover melhorias.
“Não vai vender ativos públicos”. “A gente vai fazer com que eles se tornem tão competitivos e que compartilhem relação com a iniciativa privada, para que a gente possa melhorar” afirmou o presidente.
Em seguida, Lula delineou sua visão de como o Estado deve interagir com a iniciativa privada em seu governo, destacando que não é necessário diminuir o Estado para fortalecer o setor privado.
“A gente não precisa diminuir o Estado para valorizar a iniciativa privada”, destacou. Para Lula, “é importante a gente saber o Estado, se ele não se meter a ser empresário, mas, se ele colocar como indutor do desenvolvimento de um país, a gente pode ter um Estado fazendo investimento sadio para que a gente possa crescer”, completou.
Contudo, ele enfatizou a importância de o Estado atuar como indutor do desenvolvimento do país, realizando investimentos saudáveis para promover o crescimento.
O presidente aborda a questão climática
No decorrer de seu discurso, o presidente destacou a relevância de abordar os efeitos da crise climática no setor produtivo e enfatizou a possibilidade de o Brasil se tornar um campo propício para investimentos na chamada “economia verde“, uma vez que “a natureza nos garante competitividade”.
Além disso, ele destacou que a natureza do Brasil oferece uma base competitiva sólida e chamou a atenção para a seriedade da questão climática, com o planeta dando um claro aviso sobre os riscos associados à destruição do meio ambiente.
Em conclusão, ele finaliza: “A questão do clima é muito séria e o planeta está dando uma aviso: ‘cuide de mim, não me destruam, que vocês serão destruídos junto comigo’. Esse é o recado que a gente está vendo nos ciclones, nos furacões, nas secas”.
Formação em Jornalismo – Cursando Pós-Graduação em Redação Criativa e Redação para Mídias Digitais pela Universidade Nova de Lisboa – Portugal
