Leda Nagle faz declaração polêmica sobre racismo e pronome neutro

Leda Nagle
Leda Nagle (Foto: Youtube/Reprodução)

A jornalista Leda Nagle, participou de uma entrevista ao podcast Papagaio Falante e criou uma polêmica ao reclamar por não poder usar termos racistas e criticou o uso do pronome neutro, usado com pessoas não-binária.

Leda, de 72 anos, disse que tem dificuldades para aceitar os termo e disse que não deseja ofender ninguém ao não usar o ‘todes’: “Eu não vou falar todes, vou falar todos porque todos quer dizer todos nós. Nós todos. Mas eu não vou falar [a linguagem neutra], porque não vou aprender agora isso. Mas é difícil porque você não quer ofender as pessoas também. Então o todes eu acho frescura, quem quiser falar que vou, não vou proibir ninguém, quer falar, fala, mas eu não vou falar”.

Ao seguir no mesmo assunto, Leda Nagle comentou ainda por não poder usar mais o termo ‘mulata’ ou outros termos que, atualmente são considerados racistas.

“Tem um monte de coisa que eu não sei hoje em dia como se fala mais. Você não sabe como se refere. Tem o denegrir que não pode falar. Mulata, isso me incomoda muito, porque às vezes fico meio atrapalhada com isso”, declarou.

Segundo Leda, o incomodo está atrapalhando o seu trabalho. A jornalista declarou que ao entrevistar uma advogada negra, ficou sem saber como conversar e se referir à mulher.

“E eu lá naquela situação porque ela não é neeeeeegra, entendeu? E eu falei: ‘como é que eu vou me referir à ela’. E eu perguntei: ‘como é que devo me referir a você?’ E ela: eu sou afro-latina’. Olha que loucura! Olha como é que chega ao requinte”, reclamou.

O pronome neutro ainda não é reconhecido pela Academia Brasileira de Letras e o terno segue sendo usado por algumas pessoas, especialmente para quem apoia à causa LGBTQI+.

O pronome é usado para as pessoas que não se identificam com nenhum dos gêneros, feminino ou masculino, podendo transitar em ambos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um dos seus discursos presidenciais, usou o “todes” e foi bastante criticado, principalmente pela oposição, como a atriz Regina Duarte, ex-ministra do ex-presidente Jair Bolsonaro.