Na manhã desta quarta-feira (9) a assessoria de comunicação de Gal Costa comunicou o falecimento da cantora aos 77 anos. Recentemente, ela havia passado por uma cirurgia para retirar um nódulo na fossa nasal direita, tendo cancelado o show que faria no Primavera Sound São Paulo, no último sábado (5).
Gal estava em turnê com o show “As várias pontas de uma estrela”, no qual revisitava sucessos de diferentes momentos da sua carreira que passou por várias transformações e evoluções ao longo de mais de 50 anos. O último show da artista foi no Coala Festival, no dia 10 de setembro.
Nas redes sociais, vários artistas lamentaram a morte da diva da MPB e prestaram homenagens. “Meu Deus! Não é possível isso. Tristeza imensa, profunda, avassaladora. Gal Costa sempre existiu. Existirá.”, disse a jornalista Flávia Oliveira. “Meu Deus a Gal Costa não!!!”, lamentou Paulinho Serra.
“Para tudo. A Gal morreu!!! Como assim??? Tão arrasada que nem sei. Todo o meu amor pra familiares e amigos”, escreveu Thalita Rebouças. “Que triste a morte de Gal Costa!! Que descanse e que a família fique bem, meus sinceros pêsames”, disse Valesca Popozuda.
Gal Costa 77 anos
Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945 em Salvador (BA) e lançou o primeiro disco, Domingo, em 1967, ao lado de Caetano Veloso. Ao longo de 55 anos de carreira a baiana se tornou uma das maiores cantoras do Brasil, além de ter virado referência para as gerações seguintes.
Além de ter participado de momentos históricos da música brasileira como os festivais da canção na década de 1960 e o movimento Tropicália, liderando por Caetano Veloso e Gilberto Gil, Gal teve uma carreira aclamada pela crítica e de sucesso popular, marcada por uma versatilidade ímpar.
A cantora foi do porta voz da geração pós-golpe de 1964 assumindo uma postura contestadora e provocativa eternizada no álbum ao vivo Fa-Tal: Gal a Todo Vapor (1971), a intérprete de grandes nomes da MPB como Dorival Caymi e Ary Barroso.
Gal também foi um ícone pop na década de 1980, com grandes sucessos populares como Açaí, Festa do Interior, Nada mais, Sorte e Lua de mel. E comprovou mais uma vez a sua capacidade de se renovar com seus três últimos álbuns de canções inéditas Recanto (2011), Estratosférica (2016) e A Pele do Futuro (2018).
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Possui passagem por assessoria de comunicação e produção de críticas musicais desde 2020 em redes sociais. Apaixonado pelo universo e cultura pop, pesquisa e produz conteúdo para o nicho desde 2019.
