Homem alega ser ex-chefão do PCC e pede ajuda

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Um suposto ex-líder do PCC compartilha seu passado e faz um apelo por ajuda enquanto revela os bastidores do crime. Entenda sua história. (Foto: reprodução/internet)

Um homem de 31 anos que alega ser um ex-integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) começou a compartilhar vídeos em uma rede social desde segunda-feira (16/10). Nas postagens, ele orienta jovens a não entrarem no mundo do crime e afirma estar jurado de morte pela facção, planejando revelar os supostos bastidores da organização.

O suposto ex-integrante do PCC também divulga o link de uma vaquinha online, no valor de R$ 10 mil, para que, segundo ele, possa fugir do Brasil e evitar sua “sentença de morte” por parte da facção. Até a publicação desta reportagem, ele havia angariado R$ 7.901,39.

Em seus vídeos, ele alega ter ocupado cargos de liderança na facção, mas não possui apelido criminoso registrado no sistema da polícia, o que é comum entre os membros da organização criminosa.

No entanto

No entanto, registros da Polícia Civil indicam que ele foi preso apenas uma vez por roubo qualificado, cumprindo 12 dias de detenção entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014. Ele também possui registros por ameaça em 2006 e atualmente responde a um processo por estelionato. Na adolescência, foi apreendido por tráfico de drogas.

O homem alega ter sido “sintonia geral da lista negra dos estados internos e externos” da facção, mas não há registros oficiais que confirmem sua afirmação.

Ele revela que decidiu compartilhar sua experiência e alertar os jovens para não entrarem no mundo do crime. Afirma que há duas formas de sair do PCC: ficar doente ou ingressar em alguma religião. Segundo ele, foi supostamente banido da facção como “traidor” ao começar a compartilhar os vídeos na internet.

É importante

O perfil usado por ele na rede social possui 288,6 mil seguidores, com várias postagens que têm mais de dois milhões de visualizações. Alguns seguidores expressaram apoio, enquanto outros questionaram sua veracidade. Fontes policiais e da Justiça afirmam que, mesmo que ele não faça mais parte da facção, decretou sua própria sentença de morte ao mencionar o nome do PCC em suas postagens.