Há 26 anos, “Titanic” marcou muitos; confira as teorias por trás da tragédia

Titanic é a terceira maior bilheteria mundial
Titanic é a terceira maior bilheteria mundial (Foto: Reprodução/20th Century Fox)

Titanic, lançado em 1997 e um sucesso de bilheteria, celebra nesta terça-feira (19) 26 anos desde sua estreia nos cinemas. Com lançamento no Brasil um mês após o oficial, o filme trouxe um novo fôlego para a indústria cinematográfica que se redesenhava no final da década de 1990.

Dirigida por James Cameron, a obra arrecadou mais de dois bilhões de dólares e permaneceu como a maior bilheteria da história do cinema por 12 anos, até a estreia de “Avatar” em 2009, também dirigido por Cameron. Atualmente, o filme ocupa a terceira posição na lista de maiores bilheteiras mundiais.

O trágico naufrágio teve um impacto duradouro na cultura popular, inspirando livros, filmes e exposições. Não só isso, mas também a criação de teorias absurdas sobre o evento. Por isso, nós da MixMe!, separamos duas das mais famosas para vocês. Confira:

Titanic nunca afundou

Uma das teorias mais detalhadas sobre o naufrágio do Titanic foi apresentada no livro “Titanic: The Ship that Never Sank?“, lançado por Robin Gardiner em 1998. Na sua obra, Gardiner argumenta que o Titanic nunca realmente afundou. Mas como essa perspectiva se sustenta?

Na década de 1910, a White Star Line, uma empresa de navegação, encomendou três navios: o RMS Titanic, o RMS Britannic e o RMS Olympic — sendo este último o ponto central dessa teoria. Em setembro de 1911, ocorreu uma colisão envolvendo o RMS Olympic na costa sul do Reino Unido.

O RMS Olympic ao lado do RMS Titanic
O RMS Olympic ao lado do RMS Titanic (Foto: Reprodução/Domínio Público)

Como resultado desse acidente, o navio ficou com dois grandes buracos no casco e sofreu danos na hélice. A reparação desses danos demandaria recursos financeiros e tempo, recursos estes que originalmente seriam destinados à preparação do Titanic.

Assim, Gardiner sustenta que, para recuperar as perdas financeiras relacionadas ao Olympic, a White Star Line optou por usá-lo como se fosse o Titanic. Dessa forma, em caso de afundamento, a empresa poderia receber a compensação do seguro para a embarcação ‘nova’ e ainda ficar com um navio ocioso.

Argumentos de Gardiner

O teórico da conspiração argumenta que ambos os navios eram extraordinariamente semelhantes, com poucas distinções entre eles, como o número de vigias: 16 no Olympic e 14 no Titanic. Além disso, a primeira fotografia do Titanic mostra a embarcação com 16 vigias, e não 14.

Outro ponto destacado é que passageiros notáveis, como o magnata bancário J.P. Morgan (proprietário do navio), cancelaram a viagem no último minuto. A alegação é que eles possuíam conhecimento prévio de que o destino do Titanic seria desastroso.

O filme de James Cameron se consagrou como a terceira maior bilheteria mundial
O filme de James Cameron se consagrou como a terceira maior bilheteria mundial (Foto: Reprodução/20th Century Fox)

Por fim, Robin Gardiner destaca o comportamento inexplicável do SS Californian, também de propriedade de J.P. Morgan. Esse navio, que estava nas proximidades do Titanic, avistou os sinais de socorro emitidos pelo transatlântico, mas não tomou nenhuma iniciativa para prestar auxílio.

Inicialmente designado como o navio de resgate, o SS Californian estava devidamente equipado, transportando três mil cobertores e suéteres de lã, embora não levasse passageiros. Entretanto, erros de cálculo em relação à rota do transatlântico o teriam afastado do curso do naufrágio.

Eliminando a oposição

Explorando um ponto da teoria anterior, destaca-se que J.P. Morgan escolheu não participar da viagem no RMS Titanic. A especulação em circulação sugere que Morgan não apenas estava ciente do naufrágio, mas também teria sido o responsável por toda a trama.

Antes da viagem, Morgan estava ativamente promovendo a criação de um sistema bancário central nos Estados Unidos, que mais tarde se tornou a Reserva Federal dos EUA. Apesar de não ter embarcado no Titanic, três influentes figuras do cenário financeiro estavam a bordo, e suas mortes eram supostamente premeditadas: John Jacob Astor IV, Isidor Straus e Benjamin Guggenheim.

Teoria indicam que o naufrágio do Titanic aconteceu para matar com John Jacob Astor IV, Isidor Straus e Benjamin Guggenheim
Teoria indicam que o naufrágio do Titanic aconteceu para matar com John Jacob Astor IV, Isidor Straus e Benjamin Guggenheim (Foto: Reprodução/X)

A teoria sugere que Morgan teria planejado o naufrágio da embarcação devido à oposição de Astor, Straus e Guggenheim ao seu projeto de criar a Reserva Federal. No entanto, essa ideia carece de evidências concretas. Segundo o The New York Times, Straus, na verdade, apoiava o plano de Morgan, enquanto Astor e Guggenheim não haviam tomado uma posição pública sobre o sistema bancário centralizado.

Quanto à desistência de J.P. Morgan, o historiador Don Lynch, da Titanic Historical Society, sugere que o banqueiro “alegou que a França estava alterando suas leis para evitar que os americanos exportassem tesouros artísticos do país. Dessa forma, Morgan foi a Paris para supervisionar a obtenção de suas compras antes que as novas leis entrassem em vigor.”

Qual a história do Titanic?

O RMS Titanic foi construído nos estaleiros da Harland and Wolff em Belfast, Irlanda do Norte. Ele era parte de uma tríade de navios conhecidos como a classe Olympic, que também incluía o RMS Olympic e o HMHS Britannic. O design do Titanic era considerado inovador e luxuoso para a época, e o navio era aclamado como “inafundável”.

As expectativas eram altas, o sucesso do Titanic era aclamado pelos quatro ventos. Porém, ninguém imaginou que o navio enviaria pedidos de socorro nas primeiras horas de 15 de abril de 1912. O transatlântico, que havia iniciado sua viagem apenas quatro dias antes a partir do porto de Southampton, na Inglaterra, com destino a Nova York, nos Estados Unidos, encontrou um iceberg na costa de Newfoundland, no Canadá.

No entanto, cerca de três horas após a colisão, a embarcação afundou completamente, resultando em uma tragédia que ceifou a vida de mais de 1.500 pessoas. O naufrágio do Titanic levou a uma investigação internacional e mudanças significativas nas regulamentações de segurança marítima.

Por muitas décadas, o local exato do naufrágio permaneceu desconhecido, porém, em 1985, o oceanógrafo Robert Ballard descobriu os destroços do Titanic no fundo do oceano Atlântico a uma profundidade de cerca de 3.800 metros.

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