A cantora Billie Eilish lançou nesta sexta-feira (03), através da plataforma de streaming Disney+, o show cinematográfico “Happier than ever: Uma carta de amor para Los Angeles“.
O projeto traz um brasileiro entre os músicos. Trata-se de Romero Lubambo, carioca radicado nos Estados Unidos há 36 anos. Na performance de “Billie Bossa Nova“, terceira música do show, é possível ver o músico em diversos momentos.
Em entrevista ao jornal O Globo, Romero afirmou ter se sentido prestigiado, apesar do show não ter contado com a plateia:
“Todos me trataram como uma estrela ali, inclusive a Billie Eilish. Ela veio me abraçar, dizer que era uma honra eu estar lá. Ela estava completamente enganada, a honra era minha! Sempre fiz questão de ver a parte pessoal de quem eu trabalho, então foi ótimo estar num ambiente assim. Ela foi maravilhosa comigo, a mãe também. São detalhes que contam muito”.
A apresentação foi filmada ao longo de uma semana de julho no Hollywood Bowl, em Los Angeles. O teatro, inclusive, foi onde Lubambo se apresentou com nomes como Dianne Reeves, Ivan Lins e fez parceria com a cantora paulistana, Luciana Souza, ao abrir a apresentação de João Gilberto, em 2003.
Billie, que é sucesso entre o público jovem, tratou de rasgar elogios ao músico brasileiro ao abrir o espetáculo: “Quero agradecer ao Romero Lubambo, que está logo ali, por tocar violão para mim. Isso é um sonho que se realiza”.
Ele revelou à reportagem que o manager da cantora o procurou uma semana antes das gravações:
“É muito bacana o que ela e o Finneas fazem, de trazer para o pessoal mais novo coisas e sonoridades do passado e dando essa cara moderna, coisas como Julie London e agora a música brasileira. É uma ótima influência para as novas gerações, além de ser muito talentosa e uma graça de pessoa”.
O show conta ainda com a presença da Filarmônica de Los Angeles. Sobre a parceria, Lubambo explicou que aproveitou os primeiros dias de ensaio para entender com o arranjador da orquestra, David Campbell, o que esperavam dele.
“Me deram uma partitura com todos os acordes escritos. Eu não tenho problema nenhum com isso, mas por que me chamar se for apenas para ler a partitura? Me chamaram pelo o que tenho de experiência com música brasileira. Conversei com o diretor e me deram total liberdade de pegar aquela parte e colocar uma vibe minha, uma brasilidade um pouco maior“, relembrou.
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