FIFA quer igualar premiação do futebol masculino e feminino

FIFA quer igualar premiações de futebol masculino e feminino
FIFA quer igualar premiações de futebol masculino e feminino (Foto: Reprodução)

A próxima edição da Copa do Mundo de futebol feminino está programada para julho e agosto deste ano. Com a modalidade ganhando cada vez mais força no cenário internacional, as premiações também devem aumentar.

Durante a cerimônia de sua reeleição como presidente da FIFA realizada na manhã desta quinta-feira (16), Gianni Infantino anunciou a premiação de 150 milhões de dólares (R$792 milhões) para a Copa do Mundo de 2023, ainda segundo o dirigente, o valor é 10 vezes maior do que na Copa de 2015 e três vezes mais do que a Copa do Mundo de 2019.

Apesar do grande aumento na premiação feminina, o valor ainda é muito menor em comparação com o futebol masculino. Só pelo título, a Argentina, campeã da Copa do Mundo de 2022, foi premiada em 42 milhões de dólares (R$ 222 milhões). No total, a Copa de 2022 realizada no Catar entregou uma premiação de 440 milhões de dólares (R$ 2,3 bilhões).

De acordo com Infantino, a meta é que as premiações das Copas de 2026 (futebol masculino) e 2027 (futebol feminino) sejam ainda mais parecidas.

“Nossa missão será conseguir igualdade nos pagamentos para as Copas do Mundo masculina de 2026 e feminina de 2027″. – Disse o presidente.

Durante o discurso, foi valorizado também as condições fora de campo para as jogadoras e comissões técnicas, segundo o presidente, serão iguais ao que foi oferecido aos jogadores na Copa de 2022.

“As mesmas condições da Copa do Mundo de 2022 serão para as jogadoras e comissão técnica no Mundial Feminino de 2023”.

Vale lembrar que em Outubro de 2022, cerca de 150 atletas escreveram para a FIFA pedindo um aumento na premiação da Copa do Mundo feminina de 2023. Segundo a FIFA, o valor da Copa masculina é maior, pois a procura pelo campeonato (patrocinadores e emissoras) é maior.

 

Valores dentro de seleções

Dentro de algumas federações, já existem algumas lutas das jogadoras para que a seleção feminina ganhe o mesmo que a masculina. No Canadá, por exemplo, as jogadoras protestaram antes das partidas contra Estados Unidos e Brasil pela SheBelieves Cup de 2023. Ao entrarem em campo, as atletas vestiram camisas com frases como “O suficiente é suficiente”, e “basta é basta”. Além das camisas, as jogadoras ameaçaram não participar da competição em protesto.

Já na seleção dos Estados Unidos, a igualdade já é uma realidade. Historicamente, a seleção feminina norte-americana é mais vitoriosa do que a masculina, mas o acordo foi fechado em 2022 e vai até 2028, cobrindo as próximas duas edições das Olimpíadas (2024 e 2028) e Copa do Mundo (masculina 2026 e feminina 2027).

No Brasil, a igualdade também existe, o anúncio da CBF foi feito desde 2020, colocando uma premiação igual para o futebol masculino e feminino.