A modelo e ex-BBB Eslovênia Marques tem compartilhado nas redes sociais fotos de sua viagem pela Europa, enquanto mantém seu visual em dia.
Recentemente, ela passou por uma cirurgia de lipoaspiração conhecida como UGraft.
Médicos aconselham a não realizar o seguinte procedimento
No entanto, médicos especializados no assunto desaconselham fortemente esse tipo de procedimento estético.
A cirurgia envolve transferir a gordura corporal para áreas específicas do abdome, a fim de torná-lo mais definido.
O cirurgião plástico Alexandre Kataoka, coordenador da Câmara Técnica do CRM-SP (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) e perito do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo, alerta sobre os potenciais riscos desse procedimento.
“Não há evidências de segurança [no procedimento estético]. Em 2016, a Sociedade Americana de Cirurgia Plástica lançou um alerta mundial sobre os riscos de injeção de gordura intramuscular, devido a riscos de problemas tromboembólicos”, afirma o especialista.
Complicações que a cirurgia pode causar
Segundo Kataoka, a cirurgia pode resultar em complicações graves, como trombose, embolia pulmonar e até mesmo um AVC.
O cirurgião explica que há o risco de pequenos fragmentos de gordura se deslocarem dos vasos sanguíneos e obstruírem o fluxo de sangue para outros órgãos, como pulmão ou cérebro.
Ele ressalta que os médicos que realizam esse procedimento não estão agindo de maneira inadequada, mas estão assumindo um risco considerável.
“O que pode acontecer é a possibilidade de pequenos pedaços de gordura se desprenderem do vaso sanguíneo e atingirem outros órgãos, como o pulmão ou o cérebro, causando uma obstrução do fluxo do sangue”, explicou o cirurgião.
“Os médicos que a fazem não estão agindo errado, mas estão assumindo um risco. Existem riscos grandes”
Como é o procedimento realizado pela modelo?
Na lipoaspiração realizada por Eslovênia Marques, a gordura é retirada de áreas como abdome, cintura, costas ou braços.
Em seguida, essa gordura é processada para ser reintroduzida nos músculos abdominais de forma mais pura.
O cirurgião tem um prazo de apenas 60 minutos para concluir o tratamento da gordura, a fim de evitar o risco de infecções.
Posteriormente, a gordura é reintroduzida diretamente no abdome do paciente, com a ajuda de ultrassom para determinar o local mais adequado.
Esse procedimento tem uma duração de cerca de seis horas, o dobro do tempo de uma cirurgia de lipoaspiração convencional.
Kataoka enfatiza a preocupação com a fina parede abdominal e a possibilidade de migração da gordura para os órgãos internos.
“A parede abdominal é fina. Quem garante que a gordura não vai migrar para os órgãos?”
Formação em Jornalismo – Cursando Pós-Graduação em Redação Criativa e Redação para Mídias Digitais pela Universidade Nova de Lisboa – Portugal
