Dono do PSG está sendo investigado por sequestro e tortura

Nasser al-Khelaïfi é o chefão do PSG desde 2011
Nasser al-Khelaïfi é o chefão do PSG desde 2011 (Foto: Reprodução)

Nasser Al-Khelaïfi, o “homem forte” que comanda o Paris Saint-Germain, está sendo investigado por um suposto sequestro e tortura que ocorreu em 2020.

De acordo com o jornal francês ‘L’Equipe’, Tayeb Benabderrahmane, um lobista franco-argelino, que estava no Qatar em Janeiro de 2020, foi preso e passou os seis meses seguintes em cativeiro sob tortura. A vítima só saiu após assinar um protocolo de total sigilo sobre documentos secretos que possuia.

Ainda segundo o jornal, os documentos sigilosos estão ligados à Copa do Mundo no Qatar, além de questões sobre os direitos de transmissão das edições da Copa do Mundo de 2026 e 2030 para o grupo “beIN Media”, do qual Nasser Al-Khelaïfi também é dono.

Apesar do sigilo assinado ao ser libertado, o jornal francês segue ao afirmar que a denúncia foi feita apenas em Janeiro deste ano. Para continuar as investigações do caso, três juízes do tribunal de Paris foram nomeados.

Segundo a matéria, os documentos que podem ser considerados “sensíveis” estavam armazenados no próprio celular do presidente do PSG.

“Estamos muito felizes que a denúncia deste assunto seja finalmente objeto de uma investigação por parte da justiça francesa”, disse o advogado de Benabderrahmane

De acordo com o site ‘Eurosport’, Nasser Al-Khelaïfi também já se pronunciou sobre o caso no ano passado, quando o tudo não passava de boatos: “Estamos falando de criminosos profissionais. Eles mudaram seus advogados mais vezes do que mudaram suas histórias e mentiras. Esta é a mais recente manipulação da mídia. Estou apenas espantado que tantas pessoas tenham considerado suas mentiras e contradições credíveis, mas este é o mundo da mídia em que estamos hoje. A justiça seguirá seu curso: não tenho tempo para falar sobre pequenos criminosos profissionais”.

Vale lembrar que não é a primeira vez que o presidente do PSG é investigado. Antes da Copa do Mundo de 2022, Nasser Al-Khelaïfi e Jerôme Vackle, ex-Fifa, foram suspeitos de negociarem questões sobre a Copa no Qatar de forma irregular, mas o caso acabou sendo arquivado.

Por conta de “sigilo profissional”, os advogados de Nasser Al-Khelaïfi não se pronunciaram sobre o caso.

Nasser Al-Khelaïfi é o “homem forte” do futebol no Paris Saint-Germain desde 2011, quando comprou o clube. Sem medo de gastar dinheiro, o sheik já contratou grandes nomes do futebol internacional em busca do sonhado título da Champions League, que até hoje não aconteceu.