Diretor de cinema é acusado de assediar mulheres em bastidores de produções

Cary Fukunaga, diretor do filme “007 – Sem Tempo Para Morrer” (2021), está sendo acusado de assediar mulheres nos bastidores de seus filmes e série. A revista Rolling Stone publicou uma reportagem na qual 12 pessoas denunciaram as atitudes do diretor de 44 anos.

Contatos que trabalharam de perto com Cary nos últimos anos apontam que ele se utilizava da sua posição de poder para perseguir mulheres mais jovens e membros de sua equipe, vendo os sets de filmagem como o lugar perfeito para cometer os atos.

Um dos episódios relatados teria acontecido em “Master of the Air“, minissérie do diretor que ainda será lançada.

Segundo uma das fontes, Fukunga teria pedido para fotografas duas figurantes que interpretavam prostitutas, sendo uma delas menor de 18 anos. No ensaio fotográfico, ele teria pedido para que elas fizessem poses sensuais, alegando que precisaria das imagens para manter a continuidade da cena.

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Acontece que essa tarefa não costuma ficar com o diretor, principalmente quando uma produção conta com mais de 600 funcionários. Foi ai que começaram as desconfianças das testemunhas desse episódio.

“Foi muito além do limite. Não há nenhum tipo de argumento… de que isso é ok de alguma forma. É um abuso de poder absoluto e claro”, afirmou um insider que presenciou Fukunaga fotografando as figurantes.

Uma outra mulher que também alega ter sofrido assédio por Fukunaga, confessou que teve bastante medo de ter sua carreira arruinada caso negasse os pedidos feitos pelo diretor. Ela contou ainda que chegou um momento em que alguns colegas precisaram “vigiá-la” por motivo de maior segurança.

“Acredito completamente que ele estava abusando de seu poder. É realmente desconfortável. É horrível… A única razão pela qual permiti que durasse tanto tempo é porque estou absolutamente preocupada com minha carreira”, desabafou ela.

No geral, foram muitas denúncias relatadas na reportagem da revista Rolling Stone. Todas elas alegando que Cary Fukunaga havia cometido assédio contra elas.

Após a reportagem ser divulgada, o advogado do diretor, Michael Plonsker, rebateu as acusações de assédio. “Não há nada de obsceno em buscar amizades ou relacionamentos românticos consensuais com mulheres”, disse em um comunicado. “No entanto, porque esse fato não se encaixaria em sua narrativa, você conclui que ele fez algo errado.”