Em uma tarde conturbada, precisamente na terça-feira (10/10), os corredores da Assembleia Legislativa de Goiás foram palco de um episódio inusitado. Durante uma das sessões, o deputado estadual Amauri Ribeiro, representante do União Brasil, tentou, de forma inesperada, agredir seu colega parlamentar Mauro Rubem, do PT. A centelha que acendeu essa explosão de raiva foi a audaciosa menção por parte de Rubem sobre um caso delicado envolvendo Amauri: a suposta agressão deste último à sua própria filha.
O cenário original daquela tarde deveria ser uma construtiva discussão sobre a complexa situação da Palestina. Contudo, conforme os ânimos se exaltavam, o foco rapidamente se desviou. Durante sua intervenção, Mauro Rubem, de forma provocante, lançou acusações contra Amauri, alegando que este “não dá conta de sustentar no debate e quer partir para porrada”. Ainda mais contundente, Rubem aludiu que Amauri via todos presentes na sessão de uma maneira distorcida, sugerindo que todos eram como sua filha “que pode apanhar”.
Provocação
Em resposta a essa provocação, Amauri Ribeiro, evidentemente ultrajado, reagiu com uma fervorosa indignação. Ficou claro que ele não estava disposto a deixar tais comentários passarem sem retaliação. Os seguranças da casa legislativa, percebendo a iminente escalada da situação, prontamente intervieram. Eles tentaram conter Amauri, que, impulsionado pela raiva, buscava se aproximar da tribuna, de onde Mauro proferia suas palavras.
No meio desse caos, Amauri não hesitou em expressar sua ira. Ele se dirigiu a Rubem com palavras fortes, exclamando “Seu safado” e “seu merda”. A ênfase em sua voz era palpável quando ele adicionou: “Não toca no nome da minha família!”. A situação se tornou tão tensa que, com esforço, os seguranças tiveram que remover Amauri do plenário.
Discussão
Para quem observava, tornou-se evidente que a discussão sobre a Palestina estava completamente ofuscada. Em vez disso, os presentes testemunharam uma acalorada troca entre dois parlamentares, marcando profundamente a sessão daquele dia. Esse incidente demonstra, de forma cristalina, as fortes emoções e rivalidades que podem surgir mesmo em ambientes destinados ao diálogo construtivo.
Formada em jornalismo pela escola Belas artes e Cursando Pós-graduação em Redação e revisão textual pela Universidade Nova de Lisboa- Portugal
