Daniel Alves, atualmente preso na Espanha sob acusações de agressão sexual desde janeiro, tomou a decisão de trocar seu advogado mais uma vez. Agora, ele será representado por Inés Guardiola, de acordo com informações do Canal Cuatro. Cristóbal Martell, seu antigo advogado, concedeu a autorização para que a nova profissional assuma o caso.
A mudança na defesa foi motivada pelo desejo de Daniel Alves e de pessoas próximas a ele. A escolha anterior de Martell, para substituir Miraida Pontes, não foi considerada ideal, uma vez que Martell, apesar de ter renome em grandes casos judiciais, não tinha experiência significativa em casos de crimes sexuais, como o de Daniel Alves.
Inés Guardiola, por outro lado, possui um perfil discreto e menos midiático em comparação com Martell. Com 35 anos de idade, ela possui experiência em casos semelhantes ao de Daniel Alves. Nos últimos meses, o ex-jogador tentou repetidamente obter sua libertação durante o processo, porém, todas as tentativas foram rejeitadas pela Justiça.
Justiça
Desde o início de 2023, Daniel Alves está detido em uma penitenciária próxima a Barcelona, e a legislação espanhola prevê a possibilidade de uma pena de até 15 anos de prisão, caso ele seja condenado. O julgamento está programado para ocorrer entre outubro e novembro.
Em outubro de 2022, a Espanha introduziu uma nova lei no Código Penal, chamada “Só sim é sim”, que estabelece que crimes sexuais devem ser julgados com base no consentimento da vítima. Sob essa lei, todos os atos sexuais não consensuais são considerados como violência. Portanto, a prisão de Daniel Alves permanecerá em vigor até o término do julgamento.
Relembrando
Relembrando o caso, as acusações de agressão sexual contra Daniel Alves surgiram na imprensa espanhola no final do ano passado, quando um jornal revelou que o jogador teria agredido sexualmente uma jovem na boate Sutton em Barcelona. Após o incidente, a vítima foi acompanhada por suas amigas, e a equipe de segurança da boate acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra) para investigar o ocorrido.
Em 10 de janeiro, a Justiça espanhola aceitou a denúncia e iniciou uma investigação sobre o jogador brasileiro. Inconsistências em seu depoimento à Justiça, juntamente com o temor de fuga do país europeu, levaram à sua prisão em 20 de janeiro. O processo é conduzido pelo Juizado de Instrução 15 de Barcelona, e as contradições nas declarações de Daniel Alves alegando desconhecimento da mulher que o acusou, seguidas pela confissão de uma relação sexual consensual, foram fatores que contribuíram para a sua detenção, uma vez que havia o risco de que ele fugisse durante o andamento do processo.
Formada em jornalismo pela escola Belas artes e Cursando Pós-graduação em Redação e revisão textual pela Universidade Nova de Lisboa- Portugal
