Conheça o Hezbollah, grupo xiita do Líbano

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Conheça o Hezbollah, grupo xiita do Líbano. (Foto: Reprodução/Internet)

Em uma ação coordenada pela Polícia Federal, dois indivíduos foram detidos na capital paulista sob a acusação de planejarem atos de terrorismo em solo brasileiro. Os investigadores apontam que os suspeitos haviam retornado do Líbano após encontros com integrantes do grupo Hezbollah.

Paralelamente às prisões realizadas, a Polícia Federal e a Interpol mantêm a busca por outros dois suspeitos. Segundo as autoridades, esses indivíduos também estariam envolvidos no mesmo complô terrorista e atualmente se encontram no Líbano.

Perfil do Hezbollah

Origens e objetivos

Nos primeiros anos da década de 1980, enquanto o território libanês era utilizado como base por palestinos em conflito com Israel, surgiu o Hezbollah. O grupo, cujo nome em árabe significa “Partido de Deus”, foi fundado como uma resistência à ocupação israelense, tornando-se rapidamente um aliado do Irã, a principal potência xiita da região.

Após a saída das forças israelenses do Líbano em 2000, o Hezbollah consolidou-se não apenas como uma força militar mas também como entidade política. Participando do processo democrático, o grupo alcançou representatividade parlamentar, elegendo deputados nas eleições do país.

Além do espectro político, o Hezbollah exerce controle sobre certas áreas do Líbano, operando como um “Estado dentro de um Estado” ao prover diversos serviços sociais para a população local.

Conflitos

Guerra com Israel em 2006

O confronto bélico entre o Hezbollah e Israel em 2006, que durou 34 dias, resultou na morte de mais de 1.100 libaneses, conforme reportado pela Human Rights Watch. Adicionalmente, o conflito vitimou oito soldados israelenses e resultou no sequestro de outros dois.

No contexto das tensões entre Israel e o grupo palestino Hamas, o Hezbollah iniciou ataques contra Israel em 7 de outubro deste ano, demonstrando solidariedade ao povo palestino.

Brasileiros do Hezbollah planejavam ataques

No coração da operação, denominada “Trapiche”, duas prisões fundamentais foram efetuadas. As autoridades centraram esforços em indivíduos suspeitos de manter ligações com o grupo militante Hezbollah, conhecido por suas atividades no Oriente Médio. A abrangência da operação estendeu-se por várias regiões, com 11 mandados de busca e apreensão distribuídos entre Brasília, São Paulo e Minas Gerais.

Atividades extremistas

De acordo com informações fornecidas pela investigação, os suspeitos brasileiros estavam supostamente preparando o terreno para ataques terroristas, mirando especificamente estruturas pertencentes à comunidade judaica. Esta informação sugere um nível alarmante de planejamento e indica uma ameaça direta à segurança interna.

Ações pelo território nacional

A distribuição geográfica dos mandados revela a amplitude da operação: em Minas Gerais, autoridades executaram sete mandados de busca e apreensão; no Distrito Federal, outros três; e em São Paulo, um mandado de busca se juntou a dois de prisão temporária. O destaque da operação foi a prisão em São Paulo de um suspeito recém-chegado do Líbano, alegadamente em posse de informações críticas para a execução dos planejados atos de terror.