Casal gay brasileiro espancado em Lisboa recebe ameaças

Jefferson Tenório e Luis
Casal gay foi agredido por mais de oito seguranças (Foto: Reprodução)

Casal gay brasileiro espancado em Lisboa recebe ameaças

Jefferson Tenório, que foi agredido em Lisboa junto com seu namorado, Luis Almeida, revelou que vem recebendo ameaças de uma pessoa que seria ligada ao bar onde tudo aconteceu. Em conversa com o Portugal Giro, o empresário afirmou que as mensagens foram mandadas para seus familiares no Brasil.
Estamos recebendo muitas ameaças. Entraram em contato com a minha família no Brasil e temo pela segurança deles. Também pediram para não solicitarmos as imagens das câmeras de segurança para o nosso bem“, disse ele, revelando que as ameaças tem conexão com o bar Titanic Sur Mer.

As ameaças dizem que as imagens serão prejudiciais para nós mesmos. Mas eu quero, porque vou até o fim em busca de Justiça. Também dizem que nosso processo vai deixar centenas de pessoas sem trabalhar“, explicou Tenório, que pretende prosseguir com sua busca por justiça. Enquanto isso, eles devem receber apoio psicológico do consulado na capital portuguesa e o Titanic afirmou que vai investigar o caso.

Oito seguranças

Segundo Jefferson, que mora em Portugal, eles acabaram espancados por oito seguranças após um desentendimento, em 22 de maio. Ao narrar o acontecido, ele revelou que tudo começou quando seu namorado foi tentar procurá-lo no banheiro e foi impedido, até começarem uma discussão. O alagoano não consegue dizer que tipo de preconceito eles estavam sofrendo no momento: pela cor do namorado, pela nacionalidade ou se por serem um casal gay.

A gente tenta pensar que foi homofobia, ou foi xenofobia, ou foi preconceito com a cor do meu namorado. E mesmo se fosse isso, mesmo se tivesse algum “motivo”. Foi covardemente. Eles tentaram me assassinar. Isso não foi apenas um espancamento, eles me torturaram muito antes de me soltar. Peço a todos vocês, meus seguidores e não seguidores, para não deixar impune. Eu sobrevivi“, disse.

Fomos torturados

Fui torturado e agredido com socos e chutes no rosto e no corpo, com eles gritando que o iam me matar. Acabei ficando completamente ensanguentado, e a agressão só parou quando a polícia chegou Nós fomos levados ao hospital. Fomos sulfurados no rosto. Temos várias lesões e hematomas, sangramos bastante. Tive o nariz fraturado em três partes, sendo necessário uma cirurgia de 3 horas. Nossos objetos de valor pessoal como anéis e relógio sumiram“.