Carnaval RJ 2023: Saiba tudo sobre a Escola Beija-Flor

Bandeira da Escola de Samba Beija-Flor (Imagem: Google)

Grêmio Recreativo Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis, é uma escola de samba brasileira do município de Nilópolis, mas que há muitos anos participa do Carnaval da cidade do Rio de Janeiro. Possui 14 conquistas, nos anos de 1976, 1977, 1978, 1980, 1983, 1998, 2003, 2004,2005, 2007, 2008, 2011, 2015 e 2018.

A agremiação assume a posição de terceira maior vencedora no rol das campeãs do carnaval do Rio de Janeiro, sendo a que mais venceu na “era sambódromo” A escola ainda foi vice-campeã em outras 13 oportunidades 1979, 1981, 1985, 1986, 1989, 1990, 1999, 2000, 2001, 2002, 2009, 2013 e 2022.

Foi constituída no dia 25 de dezembro de 1948, após horas de reunião, os integrantes do bloco não chegavam a um consenso sobre o nome da nova agremiação. “Flor do Abacate” foi uma das sugestões. Foi então que Dona Eulália, mãe de Negão da Cuíca (o presidente do bloco) sugeriu o nome Beija-Flor.

O nome foi inspirado no Rancho Beija-Flor, que existia na cidade de Valença, na região serrana do Rio e que Dona Eulália desfilava quando mais nova. Dona Eulália foi admitida como fundadora do Bloco por ter escolhido seu nome, sendo a única mulher entre os fundadores.

Carnaval 2023

Beija-flor desfilará na Marquês de Sapucaí no dia 20 de fevereiro, em uma segunda-feira, por volta das 02h. Dentro do Grupo Especial, será a quinta e penúltima escola de samba a desfilar, na segunda noite de Carnaval carioca.

O enredo

Enredo 2023 Escola de Samba Beija-Flor (Imagem: Reprodução)

A agremiação optou por cantar os excluídos do Grito do Ipiranga, nas palavras do carnavalesco Alexandre Louzada: “‘O grito dos excluídos’ é um novo quadro da Independência sem ser aquele que nós aprendemos no colégio”.

Já o carnavalesco André Rodrigues propôs uma reflexão:

“Essa Independência abraça exatamente a quem? Quem é que tem domínio? Quem é que realmente consegue acessar sua autonomia? Dignidade do trabalho, acesso à Terra, acesso a direitos, liberdade de ser quem você quer ser?”.

“A grande ideia é que a gente construa sempre junto uma ideia de Brasil ou ideias de brasis muito melhores”.

 

O samba

A revolução começa agora
Onde o povo fez história
E a escola não contou
Marco dos heróis e heroínas
Das batalhas genuínas
Do desquite do invasor
Naquele dois de julho, o Sol do triunfar
E os filhos desse chão a guerrear
O sangue do orgulho retinto e servil
Avermelhava as terras do Brasil

É! Vim cobrar igualdade
Quero liberdade de expressão
É a rua pela vida, é a vida do irmão
Baixada em ato de rebelião

Desfila o chumbo da autocracia
A demagogia em setembro a marchar
Aos renegados barriga vazia
Progresso agracia quem tem pra bancar
Ordem é o mito do descaso
Que desconheço desde os tempos de Cabral
A lida, um canto, o direito
Por aqui o preconceito tem conceito estrutural
Pela mátria soberana, eis povo no poder
São Marias e Joanas, os Brasis que eu quero ver

Deixa Nilópolis cantar
Pela nossa independência, por cultura popular

Ô abram alas ao cordão dos excluídos
Que vão à luta e matam seus dragões
Além dos carnavais, o samba é que me faz
Subversivo beija flor das multidões

Ficha técnica

  • Fundação: 25/12/1948
  • Cores oficiais: Azul e Branco
  • Presidente de Honra: Aniz Abrahão David
  • Presidente: Almir Reis
  • Carnavalescos: Alexandre Louzada e André Rodrigues
  • Diretor de Carnaval: Dudu Azevedo
  • Intérprete: Neguinho da Beija-Flor
  • Mestres de Bateria: Rodney e Plínio
  • Rainha de Bateria: Lorena Raissa
  • Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Claudinho e Selminha Sorriso
  • Comissão de Frente: Jorge Teixeira e Saulo Finelon
Lorena Raissa Rainha de Bateria da Beija-flor (Imagem: Reprodução)