Uma nova personagem entrou em defesa de J.K. Rowling, que foi acusada de transfobia após dar opiniões controversas sobre sobre gênero. A atriz Evanna Lynch, que viveu Luna Lovegood na saga de Harry Potter, deu entrevista ao The Telegraph e pediu para que as pessoas dessem uma chance à escritora.
“Tenho compaixão por ambos os lados da discussão. Sei como era ser uma adolescente que odiava tanto meu corpo que queria rastejar para fora da minha pele, então tenho muita compaixão por pessoas trans, e não quero dificultar ainda mais a vida dessas pessoas“, disse.
De acordo com a estrela, as intenções de Rowling podem não ser ruins. “Eu apenas senti que o papel dela sempre foi defender os membros mais vulneráveis da sociedade. O problema é que há um desacordo sobre quem é o mais vulnerável. Eu gostaria que as pessoas apenas dessem uma nova chance e a ouvisse”, pediu.
Em junho de 2020, J.K. Rowling surgiu com uma série de tweets que colocava em questão direitos de pessoas trans. A escritora, no entanto, nega que suas opiniões, que ela considera feminista, sejam transfóbicas e chegou a fazer um texto em seu site oficial defendendo o mesmo ponto de vista. Não pegou bem.
Na época, Evanna, como amiga pessoal, se solidarizou com Rowling, mas disse que a autora estava do lado errado do debate. “Não posso esquecer que pessoa generosa e amorosa ela é… ela ainda está lutando por pessoas vulneráveis. Ela acredita que as mulheres cis são a minoria mais vulnerável nessa situação e acho que ela está do lado errado desse debate. Mas isso não significa que ela perdeu completamente sua humanidade“, escreveu no post já deletado.
Atualmente, ela se arrepende de ter entrado no debate. “Eu nem sabia que havia dois lados. Eu tinha uma visão de, tipo, ‘bom e ruim‘”, completou.
Atriz encantou escritora antes de conseguir papel
Lynch se tornou amiga de Rowling depois de escrever uma carta explicando como os livros de Potter a ajudaram, enquanto lutava contra um distúrbio alimentar. Isso aconteceu antes de a atriz conseguir o papel de Luna em Harry Potter e a Ordem da Fênix, de 2007 — ela participou de um teste após uma chamada aberta de elenco.
“Comecei a escrever para J.K. Rowling e ela respondeu e nos tornamos amigas por correspondência. Eu estava entrando e saindo do hospital e recebia aquelas cartas”, relembrou.
Jornalista paulistano formado pela FAAM e especialista em música, com passagens em veículos como Terra, Revista QUEM, Marie Claire e Casa Vogue. Atualmente, além do Mix Me, também escrevo para a Vogue Brasil. Você também pode encontrar minhas músicas no Spotify.
