Ator de ‘Riverdale’ surpreende com declaração ao ser julgado por matar mãe

O ator Ryan Grantham, de 23 anos, que na infância e na adolescência atuou em séries como “Riverdale” e “Supernatural” e na versão para o cinema do livro infanto-juvenil “O Diário de um Banana“, pediu desculpa por ter assassinado a própria mãe, durante o julgamento do crime que pode condená-lo à prisão perpétua.

O crime aconteceu no dia 31 de março de 2020, quando o ator deu um tiro na mãe. Barbara Waite, de 64 anos, foi atingida na nuca enquanto tocava piano dentro de casa. No dia seguinte, Grantham cobriu o corpo da mãe com um lençol e saiu de casa com a intenção de matar Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, na época.

Em declaração à Suprema Corte do Canadá, registrada pela rede CTV News de Vancouver, Jake declarou: “Minha mãe era uma pessoa carinhosa, compreensiva e amorosa. Ela não fez nada para merecer o que eu fiz com ela. Diante de algo tão horrível, pedir desculpas quase parece inútil. Mas com todas as fibras do meu ser, eu sinto muito.”

Enquanto falava o jovem observou a reação de seus outros familiares, sentados à primeira fila do tribunal. Segundo ele, após o crime, ele acendeu velas, pendurou rosários sobre o piano e rezou algumas Ave Marias antes de sair da residência.

“A única maneira de justificar continuar é se eu viver o resto da minha vida de uma maneira da qual ela se orgulharia, para ser uma pessoa melhor, honesta e boa”, completou. 

Segundo o próprio ator, o motivo para o crime teria sido impedir que a mãe visse os seus planos para matar o primeiro-ministro Justin Trudeau. “Eu estava com pressa e ele era a única pessoa em quem eu conseguia pensar, a pessoa mais importante do Canadá. Tipo, eu poderia fazer algo para causar impacto.” 

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Segundo a investigação da promotoria, Grantham chegou a pensar em fazer atentados com assassinatos em massa na Ponte Lions Gate e na Simon Fraser University, onde estudava e passava por dificuldades. Mas, em vez disso, entregou-se para as autoridades.

O ator se declarou culpado de assassinato em segundo grau, que no país acarreta em uma sentença de prisão perpétua, sem direito a pedido por liberdade condicional por 10 a 25 anos.